Jornal Correio Braziliense

Brasil

Escassez e carestia agravam tragédia da região serrana do Rio de Janeiro

Nova Friburgo (RJ) - A maior parte do comércio de Nova Friburgo, um dos municípios da região serrana do Rio mais atingidos pelas fortes chuvas na última quarta-feira, ficou fechada durante o domingo (16/1). No centro da cidade, um pequeno mercado que resolveu abrir as portas à tarde teve que limitar a entrada dos clientes. Por volta das 16h, cerca de 30 pessoas aguardavam a vez de comprar.

A comerciante Lívia Victer, que mora no centro de Friburgo, contou que no estabelecimento os preços não tinham sofrido alteração, mas cada consumidor só podia comprar no máximo dois quilos de carne.

;Os preços estão tabelados, não aumentaram. O quilo do acém, por exemplo, está sendo vendido a R$ 8. Mas, em outros mercadinhos, que abriram mais ou menos nos últimos dias, encontrei caixa de vela, que custava R$ 2 em média, por R$ 15. Um absurdo principalmente na situação caótica em que estamos;, afirmou.

O vendedor Diego Teixeira, morador de Rio Grandina, que permanece sem energia elétrica, disse que quase não conseguiu comprar velas, em falta no comércio da cidade. Segundo ele, o produto só foi encontrado em uma loja de artigos religiosos, onde é vendido a R$ 20.

;Comprei por causa da minha mãe, que já é idosa e não pode ficar no escuro, mas está muito caro. A maioria das lojas está fechada e as que abrem já não tem mais (velas);, contou.

A professora Norma Sueli Nogueira, que mora em Santa Bernadete, outro bairro que ainda sofre com falta de luz, reclamou que o preço do botijão de gás também disparou desde a tragédia na semana passada. ;A gente comprava o bujão a R$ 38, R$ 40. Agora, só encontra por R$ 100.;