postado em 18/01/2011 11:53
São Paulo - A capital paulista tem 407 áreas de riscos em 26 subprefeituras e a maior concentração de moradias erguidas em terrenos passíveis de deslizamentos localiza-se na zona sul, onde foram identificados 176 pontos. É o que mostra o estudo encomendado pela Prefeitura ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).A zona norte aparece como a segunda região com mais construções suscetíveis à desmoronamentos ou soterramentos num total de 107 áreas, um pouco acima das verificadas na zona leste (100). Já a zona oeste registra 24.
O levantamento divulgado hoje (18) pela prefeitura de SP atualiza dados de 2003 e mostra que a maioria das moradias (73%) está em situação de risco ;médio e baixo;, caso de 105 mil habitações. Mas ainda assim é expressiva a parcela classificada como de risco ;alto e muito alto; e que atinge 27% do total mapeado, o equivalente a 29 mil casas e 115 mil pessoas.
De acordo com nota da prefeitura, no ano passado, foram investidos R$ 29,6 milhões para reduzir a possibilidade de deslizamentos de terras e executadas 74 intervenções em áreas onde moravam 29 mil pessoas. Num período de cinco anos entre 2005 e 2010, 59 mil pessoas foram retiradas das áreas de riscos e executadas mais de 400 obras para eliminação ou redução do risco nessas áreas.
Para este ano, segundo a prefeitura, a meta é aumentar a quantidade de recursos empregados nessas ações para R$ 100 milhões ; volume que engloba as obras previstas na segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2). Estão previstas entre outras ações a integração com os programas municipais de urbanização, regularização fundiária e operações urbanas, além de estruturação dos sistemas de monitoramento e alertas em áreas prioritárias.
Por meio de nota, o Ministério Público do Estado de São Paulo informou que a Promotoria de Habitação e Urbanismo da capital pediu uma cópia do estudo do IPT que poderá ajudar no desenvolvimento do inquérito civil em andamento.
;Com os recentes acontecimentos causados pelas intensas chuvas, como os alagamentos e desabamentos, noticiados pela imprensa, esse relatório poderá ajudar na análise e nas providências a serem tomadas pelo Ministério Público;, disse o promotor de Justiça, Raul de Godoy Filho.
Edição: Talita Cavalcante
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