Brasil

Defesa alega que ex-guarda municipal que matou sogra agiu sob forte emoção

Anderson Lúcio da Silva será julgado por matar a sogra e ferir a tiros a ex-namorada

Estado de Minas
postado em 18/01/2011 19:39

Clayton Sousa

Cristiane Silva

Começou na tarde desta terça-feira (18), no Fórum Lafayete, o julgamento do ex-guarda municipal Anderson Lúcio da Silva, de 32 anos, que atirou na ex-namorada e na mãe dela no Bairro Aparecida, Região Noroeste de Belo Horizonte. O réu será julgado por homicídio qualificado e tentativa de homicídio. Se condenado, Anderson pode pegar até 50 anos de prisão.

O crime ocorreu em 2007. Inconformado com o fim do relacionamento, Anderson invadiu a casa da ex-namorada, uma jornalista, matando a tiros a mãe dela, Maria Auxiliadora Alves Pereira, de 42 anos. O réu também feriu, com um disparo no peito, a ex-namorada. Em seguida, atirou duas vezes contra a própria barriga. Na tentativa de atenuar a pena, a defesa de Anderson vai alegar que o guarda agiu sob forte emoção, o que simplifica o homicídio. A avó do réu, de 84 anos, disse que ele fez uso de anti-depressivos antes do crime. Anderson teria ido a um psiquiatra e a idosa acredita que o neto foi vítima de um surto.

A expectativa de Vinícius Lacerda Marinho, advogado da família das vítimas, é de que o ex-guarda municipal seja condenado à pena máxima. Para o criminalista, o crime foi premeditado, pois o réu invadiu a casa das vítimas, pulando um muro. Cerca de 60 pessoas acompanham o julgamento no 1; Tribunal do Juri. Mais cedo, um grupo da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para Mulheres de Minas Gerais (CEPAM) fez uma manifestação na porta do Fórum Lafayete, distribuindo panfletos e afixando mensagens de protesto sobre a violência contra a mulher.

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