Rio de Janeiro - O tráfego na RJ-116, que dá acesso ao município de Nova Friburgo, na serra fluminense, deverá ser normalizado até a próxima segunda-feira (24). A informação foi dada nesta quarta-feira (19) pelo vice-governador e secretário estadual de Obras, Luiz Fernando Pezão, por meio de nota divulgada pela assessoria de imprensa da secretaria.
Em consequência das chuvas que atingiram a região na semana passada, o asfalto cedeu em pelo menos dois trechos, abrindo crateras na pista sentido Rio de Janeiro, na altura no distrito de Mury. O tráfego segue em meia pista, com o sistema pare e siga, o que acaba causando congestionamento nos dois sentidos.
Pezão afirmou, ainda, que durante esta madrugada o acesso ao município de Bom Jardim pelo distrito de Amparo também foi liberado. A expectativa do vice-governador é que as equipes que transportam donativos consigam chegar à cidade de Bom Jardim até amanhã (20) com o material para atender a população local.
Hoje (19), o Exército vai começar a montar uma ponte metálica em Teresópolis para dar acesso ao distrito de Sebastiana. Na próxima terça-feira (25), as peças de outra ponte, que estão sendo enviadas do Rio Grande do Sul, também devem começar a ser instaladas restabelecendo a ligação entre o distrito de São Miguel e a cidade de Bom Jardim.
Em Nova Friburgo, Pezão destacou que os trabalhos de limpeza da região continuam e que as equipes conseguiram retirar, nesta madrugada, toda a lama do hospital municipal da cidade. Ele também ressaltou que o presidente da Empresa de Obras Públicas do Estado (Emop), Ícaro Moreno, conseguiu chegar nesta manhã à localidade conhecida como Village, onde, segundo relatos dos moradores existem mais de 20 carros soterrados. ;Estamos chegando a todas as áreas afetadas. Algumas por ar, mas a grande maioria já por terra;, disse em nota.
Diante de todos os estragos que a chuva causou na região, o vice-governador estima que a reconstrução do município de Nova Friburgo deve levar pelo menos dois anos. Segundo ele, este é o tempo necessário para que sejam feitas todas as obras de recuperação de encostas e das estradas. A cidade de Nova Friburgo foi a mais prejudicada pelas chuvas, que devastaram boa parte da cidade, deixando centenas de mortos, destruindo casas e arrasando ruas.
Segundo Pezão, o distrito de Itaipava, em Petrópolis, que também foi afetado, precisa de um grande projeto habitacional e de dragagem dos rios. Ele destacou que a expectativa é identificar terrenos em áreas planas para que comecem a ser estudadas as diretrizes de construção de moradias.
Ele estima que a reconstrução de outros municípios atingidos pelas chuvas, como São José do Vale do Rio Preto, Areal e Bom Jardim, leve de um ano e meio a dois anos.