postado em 19/01/2011 18:07
Rio de Janeiro ; Os governos federal e estadual criaram o Comitê Emergencial de Proteção à Criança e ao Adolescente em Teresópolis (RJ) com o objetivo de prestar atendimento e garantir a integridade das milhares de crianças e adolescentes vitimadas pelas chuvas que atingem cidades da região serrana fluminense há uma semana.A informação foi dada pela ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, que visitou hoje (19) a cidade de Teresópolis para verificar as condições em que estão vivendo as crianças e os adolescentes nos diversos abrigos improvisados na cidade.
Segundo ela, as 2.892 crianças abrigadas na cidade estão recebendo a assistência de pelo menos um responsável legal de sua própria família, a partir de uma iniciativa conjunta desenvolvida pelas instâncias de governo envolvidas na assistência às vítimas.
Ela adiantou, ainda, que a decisão da criação do comitê será estendida também às cidades de Nova Friburgo e Petrópolis para que sejam cumpridas as regras do Estatuto da Criança e do Adolescente. ;Isto significa que as crianças não estejam abrigadas no mesmo espaço dos adultos, salvo nos casos em que esse adulto seja o pai ou a mãe, ou ainda um parante próximo. A criança tem que ficar protegida por quem é o seu responsável legal;, explicou a ministra.
Ela afirmou que as crianças que estão em abrigos na cidade de Teresópolis estão com o devido termo de encaminhamento de responsabilidade para um adulto. ;No caso de não termos, em outras cidades, crianças sob a responsabilidade de adultos do seio familiar, nós providenciaremos para que elas fiquem em abrigos separados dos adultos. Ou seja, um abrigo só para crianças sob a tutela do Estado;.
De acordo com o secretário estadual de Assistência Social, Rodrigo Neves, o Comitê de Emergência de Proteção à Criança e ao Adolescente é integrado por cinco instituições: Poder Judiciário, Ministério Público, os governos federal e estadual e as prefeituras. Foi criada, ainda, o SOS Criança Desaparecida para que as informações a respeito de crianças desabrigadas ou separadas dos pais nas cidades serranas atingidas pelas enchentes sejam concentradas num local só.
O juiz José Ricardo, da Vara de Família de Teresópolis, disse que não foi identificado nenhum caso de irregularidade envolvendo a adoção irregular de crianças que perderam os pais. ;Denúncias de adoção irregular de crianças e de que estaria havendo maus tratos é leviana e mentirosa e têm total descompromisso com a verdade. Nós desconhecemos qualquer denúncia formal nesse sentido;, disse