postado em 20/01/2011 19:14
O ministério de Ciência e Tecnologia apresentou hoje (20) para a Casa Civil e outros cinco ministérios uma proposta detalhada do que será o Sistema Nacional de Alerta e Prevenção de Desastres Naturais.A primeira parte do sistema deverá ser concluída em quatro anos, mas algumas iniciativas entrarão em funcionamento antes disso. Em menos de um ano, segundo informações da Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto, já será possível integrar sistemas de radares já existentes, como os da aeronáutica, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e de previsão meteorológica dos estados.
O ministro Aloizio Mercadante, quer criar um sistema de informações climáticas e ambientais em tempo real, pelo qual seja possível prever e prevenir deslizamentos de terra, enchentes, inundações e alagamentos em áreas urbanas.
Também será ser feito um levantamento detalhado da geografia do solo e dos rios das principais áreas de risco. O objetivo é determinar as 500 áreas com mais vulnerabilidade de deslizamentos em encostas nas cidades e áreas serranas e as 300 bacias hidrográficas com maiores chances de inundações nas cidades e zonas rurais.
União, estados e municípios deverão ter um plano de atuação conjunta. Para articular esse sistema, será criado um Centro Nacional para Desastres Naturais em cada região do país. Eles deverão atender às especificidades regionais dos desastres naturais e trabalhar em conjunto com a Defesa Civil e as Forças Armadas.
Ao fim de quatro anos, o ministério pretende obter a redução de 80% do número de vítimas de desastres naturais nas áreas cobertas pelo sistema. No resto do país, a estimativa é que o número de vítimas seja reduzido em 50%. Ao fim de dez anos, a expectativa é que o número de pessoas atingidas seja menos de 20% do atual.
Novas reuniões para tratar do assunto ainda devem ocorrer. Hoje, Mercadante se reuniu com o ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, do Planejamento, Miriam Belchior, da Defesa, Nelson Jobim, do Gabinete de Segurança Institucional, general José Helito, da Agricultura, Wagner Rossi e da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho.