A grande novidade da nova usina é a utilização de dessulfurizadores, uma tecnologia que reduz os impactos ambientais da termelétrica. Segundo o presidente da CGTEE, Sereno Chaise, a mesma tecnologia será utilizada também nas usinas antigas, muito poluentes. ;Hoje, a energia produzida a carvão, desde que se adapte a esses instrumentos, pode ser considerada energia limpa. E a nova usina conta com todos eles. Vai significar agressão zero ao meio ambiente;, garantiu.
Dos 350 megawatts instalados, 292 megawatts já foram comercializados em leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica, em dezembro de 2005. A pedra fundamental da usina foi lançada em setembro de 2006. A energia gerada pela termelétrica será compartilhada com o Sistema Interligado Nacional, que é coordenado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Chaise deve aproveitar a inauguração da fase C da usina para anunciar a contratação da empresa que fará os estudos técnicos para ampliação da termelétrica, com a construção da fase D. ;Hoje, 46% da energia produzida em todo o mundo é originária do carvão. Aqui no Brasil, esse percentual é de 1,2%. As nossas jazidas de carvão são inesgotáveis. Se fizermos toda nossa energia oriunda a carvão, temos energia para mais de 500 anos. O combustível está aí, os financiamentos internacionais estão batendo na nossa porta. Então, por que não fazer?;, disse ele ao defender o investimento.
Para o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, a nova usina traz segurança energética para a Região Sul, onde o potencial hidrelétrico já está esgotado. Segundo ele, a fiscalização dos órgãos ambientais garante a segurança do empreendimento para o meio ambiente.