postado em 28/01/2011 08:26
A professora Cristiane Teixeira Barreiras, 33 anos, foi condenada ontem a 12 anos de prisão. Em outubro do ano passado ela foi presa pelo envolvimento amoroso com uma aluna de 13 anos e, desde então, está no presídio de Bangu 8, no Rio de Janeiro. A advogada da professora deve entrar com recurso pela redução da pena, mas Cristiane não poderá aguardar o pedido em liberdade.O juiz Alberto Salomão Júnior, da 2; Vara Criminal de Bangu, na Zona Norte do Rio de Janeiro, condenou Cristiane por estupro de vulnerável. A advogada Vanuce Barros, que desde o início do processo atua em defesa da acusada, disse que vai apresentar recurso pela redução da pena na próxima semana. ;Vamos avaliar a decisão do juiz e tentar a redução da pena para o mínimo, que é de oito anos;, disse.
A primeira acusação contra Cristiane foi feita em agosto de 2010 pela mãe da vítima. A condenada dava aulas de matemática à turma da adolescente em uma escola municipal de Realengo, na Zona Oeste do Rio. As duas estavam desaparecidas havia dois dias e a mãe da menina apontou Cristiane como suspeita. Após as denúncias, a professora foi transferida para outro colégio. No segundo desaparecimento da menina, a mãe voltou a fazer denúncias contra a mesma professora.
Antes de ser encontrada, a polícia buscou por Cristiane na casa onde morava com o marido. Segundo o delegado da 33; DP, Angelo Machado, o companheiro confirmou o desaparecimento da professora e chorou quando soube da acusação. Ela foi presa quando chegava à casa da mãe, em 27 de outubro. Em depoimento ao delegado, a professora confessou o envolvimento com a adolescente, disse que estava apaixonada e que as duas se encontravam desde maio do mesmo ano. Ainda de acordo com o depoimento, os encontros ocorriam no carro da professora e em um motel da região.
Na ocasião, Cristiane foi indiciada por estupro de vulnerável e corrupção de menor. A pena para esses crimes pode chegar a 30 anos de prisão. De acordo com o delegado, ela ainda tentou atenuar a acusação, ao dizer que não concluía as relações com a menina porque ela era virgem. Segundo Machado, a professora acreditava que essa declaração evitaria a acusação de estupro. O delegado não descarta a possibilidade de que outras alunas também tenham sido vítimas da professora.
Após a prisão, a Secretaria Municipal de Educação comunicou o repúdio à conduta da professora. Desde setembro, a 8; Coordenadoria Regional de Educação analisava as acusações e no mesmo mês decretou o afastamento da professora, que posteriormente foi exonerada do cargo.
FUMANDO COM OS JOVENS
Em Campinas, um professor foi flagrado fumando narguilé ; cachimbo de água utilizado para o fumo ; com adolescentes em sala de aula. A denúncia foi feita pela mãe de um dos alunos do colégio. Ela encontrou um vídeo no computador do filho com imagens do professor com outros estudantes dividindo o aparato e levou o filme até a escola, que fica no câmpus da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A filmagem foi feita no fim do ano passado e, segundo a Unicamp, o docente poderá ser afastado ; mas apenas depois de concluídas as investigações.