postado em 01/02/2011 19:00
Rio de Janeiro - Produtores rurais dos municípios da região serrana do Rio de Janeiro prejudicados pelas fortes chuvas e avalanches de terra ocorridas no último dia 12 não precisarão pagar aluguel para vender seus produtos na Companhia de Abastecimento (Ceasa) do estado, em Irajá, subúrbio da capital fluminense.A Secretaria de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca anunciou que isentará diaristas e mensalistas de áreas comprovadamente atingidas pela enxurrada para ajudar a atenuar os prejuízos. A medida vale para o mês de fevereiro, mas pode ser estendida.
"Eles produtores são identificados caso a caso para não haver favorecimento. A produção rural varia de área para área. Vai depender da safra e do que ele leva para lá. Identificamos os locais atingidos e a partir daí concedemos isenções", disse o secretário de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca, Felipe Peixoto.
A Ceasa ainda não contabilizou o número de produtores que receberão isenção. Uma lista preliminar indica que pelo menos 21 teriam direito ao benefício. Com a isso, os diaristas poderiam economizar R$ 12 e os mensalistas, R$ 44.
Além de produtores dos sete municípios que decretaram estado de calamidade, acrescentou Peixoto, o governo estuda ampliar a isenção para produtores de áreas vizinhas, que plantavam em várzeas de rios arrasadas pela enxurrada de janeiro.
Com o fechamento dos dados obtidos pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RJ) e o cruzamento com informações sobre seguros, Peixoto avaliará a necessita de estender a isenção a essas localidade e não descarta ampliar o benefício por mais um mês.
A Associação de Produtores de Hortifrutigranjeiros do Estado do Rio (Apherj) acredita que a economia com os aluguéis de bancas, mesmo sendo pequena, pode aliviar os gastos de agricultores que perderam boa parte da produção ou que terão dificuldade para replantar.
Segundo o presidente de Apherj, Delcy Resende da Silva, o período mais difícil já passou, mas a produção ainda não foi normalizada por problemas no fornecimento de energia elétrica, prejudicado com a queda de postes e falhas na rede.
"À beira do Rio Grande, onde a enchente passou, não sobrou nada. Vão ter que começar a preparar o solo para depois plantar. No alto, o que mais atrapalhou e que pode se refletir em março, foi a energia, porque não tendo água, não se molha as plantas e se não molha, morrem", disse Silva.