postado em 07/02/2011 10:35
Brasília ; A Secretaria de Saúde do Amazonas envia hoje (7/2) ao município de Tabatinga técnicos de vigilância em saúde na tentativa de evitar a reintrodução do cólera no estado. De acordo com o órgão, a cidade abriga mais de 600 refugiados vindos do Haiti, país atingido por uma epidemia da doença desde outubro do ano passado.A equipe enviada ao local tem como objetivo realizar um diagnóstico dos riscos de disseminação da bactéria que provoca o cólera, a Vibrio cholerae, também conhecida como vibrião colérico. Também há preocupação com as condições de higiene nas regiões onde vivem os haitianos ; a maioria foi instalada em moradias precárias e com problemas de saneamento básico.
De acordo com a secretaria, nenhum caso de cólera foi registrado entre as pessoas que vieram do Haiti ou entre os brasileiros que vivem na região da tríplice fronteira (Brasil-Colômbia-Peru), onde está localizado o município de Tabatinga. As medidas adotadas, de acordo com o órgão, são preventivas.
As ações de controle na cidade devem incluir a intensificação do monitoramento de doenças diarreicas agudas e o uso de hipoclorito de sódio na água consumida pelos moradores. Será feita ainda uma coleta sistemática de água das moradias para detecção da bactéria.
Até mesmo rios, lagos e igarapés podem ser vias de disseminação do cólera, já que muitas pessoas no interior do Amazonas utilizam essas águas para consumo direto e para o preparo de alimentos.
A doença provoca diarreia e pode levar a uma desidratação grave que, se não tratada, pode causar morte. O tratamento é feito principalmente com a reposição de líquidos, por meio de soro, e com o uso de antibióticos.
O Amazonas viveu uma epidemia de cólera em 1991. Os últimos casos da doença no estado foram registrados em 1998.