Rio de Janeiro - Uma delegação de prefeitos das cidades serranas do Rio afetadas pelas chuvas de janeiro vai a Brasília, ainda esta semana, pedir R$ 17,8 milhões ao Ministério do Turismo. Com o dinheiro, os prefeitos pretendem recuperar parte da infraestrutura turística das cidades, danificada pelas enxurradas que deixaram mais de 880 mortos e milhares de desabrigados.
O estrago das chuvas foi tão grande que os R$ 100 milhões enviados pelo Ministério da Integração Nacional não foram suficientes para cobrir os gastos com a recuperação das cidades. Isso porque, além da região serrana, municípios do norte e noroeste fluminense também foram afetados, com cinco em situação de emergência. Pedem à pasta R$ 10 milhões para reconstrução.
O vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, afirmou que as cidades mais prejudicadas são Bom Jesus do Itabapoana e Italva, no noroeste, que sofrem com as enchentes desde 2008. "No final do ano passado, também tiveram problemas, perderam pontes, por exemplo", citou. "Não têm a gravidade da região serrana, mas sofreram bastante com as chuvas".
[SAIBAMAIS]Para avaliar os pedidos, a Integração Nacional instalou uma força-tarefa no Rio. O objetivo é avaliar projetos e dar agilidade à liberação de verbas. O montante deve sair dos R$ 700 milhões destinados à pasta por meio da Medida Provisória 522. A verba foi carimbada para estados e municípios atingidos por chuvas ou estiagens. Dois dias após a edição da MP, foram depositados R$ 70 milhões no caixa do governo do estado do Rio que, segundo Pezão, serão gastos em até sete meses. "Basicamente, aplicaremos em aluguel social, reconstrução de pontes, em máquinas e combustíveis".
Mais R$ 30 milhões foram distribuídos entre as cidades serranas. Nova Friburgo ficou com R$ 10 milhões, Teresópolis e Petrópolis com R$ 7 milhões cada. Sumidouro, Areal, Bom Jardim e São José do Vale do Rio Preto receberam, cada uma, R$ 1,5 milhão.
A medida provisória também socorreu os estados do Rio Grande do Sul (R$ 20 milhões), que passa por uma estiagem, Santa Catarina (R$ 30 milhões) e Minas Gerais (R$ 50 milhões). Para o Espírito Santo foram assegurados R$ 22,7 milhões, dos quais 60% já foram liberados.
O restante, cerca de R$ 500 milhões, está disponível no ministério para ser usado em caso de desastres naturais, segundo informou a assessoria de imprensa. A verba também deve bancar ações de prevenções de enchentes e outras fatalidades.