Brasil

MP recomenda ao município do Rio que intensifique combate à dengue

postado em 10/02/2011 09:02
Rio de Janeiro - O Ministério Público (MP) do Rio entregou à prefeitura da capital recomendação no sentido de que os órgãos públicos intensifiquem o combate ao mosquito da dengue, exercendo o seu poder de polícia. Segundo o MP, eles devem ter acesso aos imóveis abandonados ou fechados de modo a evitar uma nova epidemia de dengue.

Com o objetivo de acompanhar as ações de combate à dengue no Rio, a Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Saúde se reuniu com representantes da Secretaria Municipal de saúde e Defesa Civil e outros órgãos, como a Secretaria Especial de Ordem Publica e a Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb).

A preocupação com a possibilidade de uma epidemia de dengue no estado fará com que as secretarias municipal e estadual de Saúde apresentem, em audiência pública no próximo dia 21, as ações desenvolvidas tanto para o atendimento à população infectada quanto para o combate ao mosquito Aedes aegypti.

Nesta terça-feira (8) foi registrado o primeiro caso de morte por dengue de 2011: uma menina de 9 anos, moradora de Itaboraí, que estava internada no Hospital Santa Cruz, em Niterói, desde 26 de dezembro do ano passado. Como o diagnóstico da dengue foi notificado em 31 de dezembro, o caso fará parte da estatística de óbitos causados pela doença relativa a 2010.

No município do Rio, foram confirmados até agora 1.107 casos da doença, dos quais 948 foram registrados em fevereiro. Em janeiro e fevereiro do ano passado, foram notificados, respectivamente, 113 e 176 casos. No ano inteiro, foram 3.120 casos.

Sobre a possibilidade de uma nova epidemia no Rio, o coordenador de Operações contra a Dengue do município, Marcos Ferreira, disse que o aumento nestes primeiros meses do ano já era esperado, mas que a situação está sob controle.

;Nós já esperávamos um aumento no número de casos de dengue em razão da reintrodução do vírus 1, além de ser verão, estação propícia à maior incidência do vírus. Por enquanto, a situação está sobre controle, mas nada que evite o nosso estado de alerta. Ainda há também a possibilidade da introdução da dengue do tipo 4, que não foi detectada no estado, o que pode dificultar o controle da doença e de uma possível epidemia;.

O coordenador alertou para os riscos causados pela reintrodução do vírus do tipo 1. Ele explicou que quem tem 24 anos ou menos está mais susceptível ao vírus, uma vez que ainda não contraiu esse tipo do Aedes aegypti.

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