postado em 11/02/2011 13:56
Rio de Janeiro - Um mês depois das chuvas que castigaram a região serrana fluminense, bombeiros continuam as buscas por corpos na área. Segundo o superintendente Operacional da Defesa Civil, coronel Jerri Pires, o trabalho só terminará quando os bombeiros vasculharem todas as áreas onde ainda possa haver pessoas soterradas.Mais de 800 pessoas morreram no desastre e ainda há cerca de 400 pessoas desaparecidas na região serrana. ;O desastre naquela região não tem precedentes. Foi um volume muito grande de água que desceu e isso fez com que se arrastasse uma quantidade absurda de lama. A área tomada por essa lama é muito grande. Então, as buscas ainda continuam com máquinas para tentar encontrar [os corpos das pessoas soterradas];, disse o coronel.
Segundo Pires, a descoberta de corpos pelos bombeiros é também dificultada pelo fato de que algumas casas foram arrastadas pela força das águas por quilômetros. E as pessoas que estavam nesses imóveis provavelmente também foram arrastadas no dia das chuvas. Por isso, seus corpos não estão mais no local onde deveriam estar. ;O corpo pode estar em qualquer lugar nesse trajeto em que a casa foi arrastada;, disse.
O superintendente da Defesa Civil acredita, no entanto, que o número de corpos ainda desaparecidos seja bem menor do que os 400 desaparecidos registrados pelo Ministério Público. Isso porque há, segundo o coronel Jerri Pires, muitos corpos já foram encontrados mas ainda não identificados. ;A possibilidade de esses corpos ainda não identificados estarem entre os desaparecidos é muito grande;, afirmou.
Logo depois das chuvas, o trabalho de resgate do Corpo de Bombeiros foi muito dificultado devido a muitas quedas de barreiras, que isolaram várias comunidades. Por alguns dias, eles não conseguiram chegar a esses locais. Segundo o coronel Jerri Pires, no entanto, um mês depois, os bombeiros já conseguiram chegar a todas as áreas onde houve vítimas.