Brasil

Bebê jogado no chão pelo pai é enterrado em Pouso Alegre, sul de Minas

Landercy Hemerson
postado em 15/02/2011 09:30
O bebê Jonathan Rhyan da Silva Lima, de dois meses, foi enterrado às 16h30 de ontem no Cemitério Municipal de Pouso Alegre, no Sul de Minas. Ele morreu na tarde do domingo na UTI do Hospital Samuel Libânio, onde deu entrada no dia 4, com traumatismo craniano. O pai da criança, o servente de pedreiro Quitério de Lima, de 25 anos, está preso. Ele disse aos policiais que ;ouviu vozes; para que jogasse o filho no chão duas vezes.

O delegado responsável pelo caso, Clauber Marcel Santos, pediu à Justiça mandado de prisão preventiva contra o agressor. Na quarta-feira, equipe médica do hospital abriu procedimento para diagnosticar a morte cerebral da criança.

No dia 4, o bebê deu entrada na unidade de saúde com lesões graves na cabeça e quadro de parada cardiorrespiratória. Desde então, não respondia a estímulos. Ele foi levado ao hospital por bombeiros. A mãe, Valquíria de Lima, de 20, contou aos médicos que o filho tinha caído de um sofá. A equipe médica desconfiou da versão e chamou o Conselho Tutelar. Funcionários do conselho e policiais civis foram à casa da família e, o pai, levado à delegacia, confessou o crime, sendo indiciado por tentativa de homicídio. Ao ser preso, Quitério de Lima disse ter ;ouvido um negócio. ;Acho que foi o demônio;, contou, afirmando não ter consumido drogas ou bebida alcóolica.

O delegado informou que o servente não apresenta quadro de desequilíbrio psicológico e que demonstrou grande arrependimento. "Somente ao perceber que o bebê estava inconsciente é que ele se deu conta do que havia feito;, explicou Clauber Santos, que acredita na possibilidade de o bebê ter sofrido outras agressões anteriores. Ele apura a possível omissão da mãe, que há um mês teria levado a criança para atendimento médico, com o argumento de queda do sofá. Quitério aguardará a conclusão do inquérito no presídio de Pouso Alegre. Ele agora vai responder por homicídio. A pena para o crime varia de seis anos a 20 anos de prisão. O servente não tinha antecedentes criminais.

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