Brasil

Deputado que presidiu CPI diz que crise na polícia do Rio é de longa data

postado em 17/02/2011 07:00
O deputado estadual Marcelo Freixo (Psol-RJ), que presidiu a CPI das Milícias na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, avalia que a crise que atinge a segurança pública no estado está em evidência, mas assola a sociedade há muito tempo. Ele critica o que classifica como inoperância das corregedorias de polícia do estado, mas estabelece como positiva a escolha de Marta Rocha para a chefia de Polícia Civil. E se espalha confetes para Marta Rocha, abre ataque à gestão do último ocupante do cargo, Allan Turnowski, assim como à última operação comandada por ele, a investigação na Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco): ;Foi claramente uma ação revanchista em função da Operação Guilhotina;.

O Rio vem protagonizando grandes operações policiais desde o fim do ano passado. Qual a ;idade; da crise na segurança pública?
Está em crise há muitos anos. A história recente envolve crime, polícia e política. E isso não foi totalmente resolvido agora. Essa foi uma imagem que tentou ser vendida, principalmente com a ocupação do Complexo do Alemão, no qual se vendeu uma imagem de que o governo era outro, de que a polícia era outra, e de que abrimos uma outra etapa.

Nada mudou?

Houve mudanças. O atual secretário de Segurança, só porque é honesto, já é muito melhor do que os outros. Mas na verdade isso não é mais do que a obrigação.

A Secretaria de Segurança atua em conjunto com a PF. Podemos ter a garantia de que essa secretaria está livre dos crimes investigados?
Jamais podemos afirmar uma coisa destas, tanto é que o chefe da polícia está sendo investigado. O chefe da polícia é alto escalão. Na verdade, o próprio fato de que a PF está fazendo essa operação mostra que os setores de corregedoria e ouvidoria não funcionam.

A corregedoria é incapaz de fazer a investigação?
Eu até entendo que uma investigação precisa de tempo. Mas a corregedoria não dava nenhum sinal de que começaria uma investigação.

Como o senhor avalia a gestão de Allan Turnowski?
Foi um período curto e ele sai de uma maneira que é, no mínimo, complicada, com denúncias aparecendo. Não dá para achar que foi uma boa passagem.

Qual a sua opinião sobre a investigação na Draco?
Foi claramente uma ação revanchista em função da Operação Guilhotina. Não dá para levar a sério um discurso de que uma denúncia anônima apareceu em casa.

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