Brasil

Mortalidade na gestação e nos primeiros dias após o parto cai 25% em SP

postado em 17/02/2011 18:00

São Paulo ; A taxa de mortalidade perinatal do estado de São Paulo caiu 25% em dez anos. A taxa, que mede o número de bebês que morrem durante o pré-natal, a partir da 22; semana de gestação, ou até sete dias completos depois do nascimento, passou de 18,5 a cada mil nascidos, em 2000, para 13,8 a cada mil nascidos, em 2009. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (17) pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, na capital.

As regiões do estado onde houve maior queda no índice de mortalidade perinatal foram São José do Rio Preto, que passou de 15,6 mortes a cada mil nascidos, em 2000, para 11,1, em 2009; Bauru, que tinha taxa de 18,9, caiu para 13,9; e a Grande São Paulo, que passou de 18,1 para 13,1 mortes a cada mil nascidos vivos.

O levantamento aponta que 76,1% das grávidas do estado de São Paulo passam por pelo menos sete consultas de pré-natal nas unidades básicas de Saúde, superando o mínimo de seis atendimentos, recomendados pelo Ministério da Saúde e o mínimo de de quatro atendimentos, estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O secretário estadual da Saúde, Giovanni Guido Cerri, afirmou que a meta da secretaria é sempre buscar índices menores de mortalidade perinatal já que zerar essas taxas é impossível, porque existem causas que não são controláveis pela medicina, como más-formações congênitas. ;Essa redução de 25% em dez anos foi uma ótima melhora, mas vamos buscar reduzir mais ainda;.

Cerri disse que, nas regiões onde os índices são maiores, é preciso que o governo dê uma atenção especial, o que está muito relacionado à infraestrutura e capacitação dos profissionais de saúde que lidam com a gestante. ;Temos que fazer com que a gestante faça as consultas pré-natais. É uma combinação da infraestrutura da maternidade, da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal. O mais importante é o acompanhamento da gestação. É ali que se reduz de forma mais forte a mortalidade perinatal;.

Segundo a coordenadora da Saúde da Mulher do estado de São Paulo, Tânia Lago, a queda das taxas de mortalidade perinatal depende exclusivamente das condições de desenvolvimento social e econômico de uma região. ;Alguma melhora nesse sentido ocorreu no estado e, para que possamos melhorar [ainda mais], maior desenvolvimento nas áreas menos desenvolvidas também será necessário;.

Tânia ressaltou que foram feitos investimentos em reformas e na aquisição de equipamentos para maternidades estratégicas, nas regiões onde havia maior problema na assistência à gestação e ao parto, além da abertura de novos hospitais com leitos de maternidade e UTIs, para o cuidado com os recém-nascidos. ;Nestes hospitais, a assistência ao parto e ao nascimento obedece a critérios de atendimento bem estritos;, afirmou.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação