Brasil

Centenas de pessoas participam de passeata contra a homofobia em São Paulo

postado em 19/02/2011 18:17
Centenas de pessoas participam na tarde de hoje (19) de uma passeata pela Avenida Paulista, em São Paulo, protestando contra a violência homofóbica e pedindo a aprovação do projeto de lei contra a homofobia. No início da caminhada, a Polícia Militar estimou a presença de mais de 500 pessoas no ato.

Com apitos, sombrinhas com as cores do arco-íris e muitas faixas, os manifestantes caminharam do cruzamento com a Rua da Consolação até o número 777 da Avenida Paulista, local onde ocorreu uma agressão homofóbica no ano passado contra um jovem que caminhava pela avenida com um amigo. Câmeras instaladas na Avenida Paulista mostraram que o rapaz foi agredido por cinco rapazes com socos e pontapés.

As faixas traziam mensagens que pediam a aprovação da lei contra a homofobia, o fim da violência e mostravam que a violência contra homossexuais não é causada apenas por grupos como os skinheads e punks. ;Punks e skinheads contra a homofobia;, estapava uma das faixas.

;Acabe-se divulgando [na mídia] apenas a cena fascista. Existem skinheads que têm preconceito, mas existem aqueles que não;, disse o punk Ricardo Pereira Coitim, uma das pessoas que seguravam a faixa que era carregada à frente dos manifestantes. ;Todo grupo skinhead, originalmente, repudia qualquer tipo de ato discriminatório;, disse José Roberto da Cunha, que faz parte desse grupo e que também segurava a faixa.

A passeata contra a homofobia foi organizada, em grande parte, por meio das redes sociais na internet, principalmente pelo Facebook. Um dos organizadores é o produtor Otávio Matias. "É um ato para dar mais visibilidade aos atos homofóbicos que rolaram principalmente na [Avenida] Paulista - por isso esse foi o local escolhido - e para que o projeto que penaliza a homofobia passe no Senado", afirmou. "A internet é capaz de mobilizar muita gente. A internet é um grande aliado na luta contra a violência", afirmou.

A caminhada foi acompanhada pela ministra da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, e pela senadora Marta Suplicy (PT-SP). Durante o ato, a prefeitura de São Paulo distribuiu preservativos aos participantes.

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