Brasil

Marcas de tiros encontradas no Aglomerado da Serra podem indicar execução

Pedro Rocha Franco, João Henrique do Vale/Estado de Minas
postado em 22/02/2011 15:51
Moradores indignados com o assassinato de Renilson Veriano da Silva, de 39 anos, e de Jeferson Coelho da Silva, o Jefinho, de 17, aproveitaram a visita da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais no Aglomerado da Serra, para levar os deputados no local onde houve o duplo assassinato. Lá eles apontaram a discrepância em relação aos relatos do Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas (Rotam) do que parece ter acontecido.

O Deputado Estadual Durval Ângelo foi verificar a denúncia dos moradoresQuatro marcas de tiros de grosso calibre foram encontradas no chão perto de onde Renilson e Jeferson foram mortos. Os buracos seriam incompatíveis com o armamento apreendido pelos militares na madrugada de sábado durante a operação que resultou nos assassinatos. Os furos teriam cerca de 5 centímetros de diâmetro e grande profundidade.

Os moradores denunciaram aos deputados que as marcas teriam sido feitas por fuzis usados pela Polícia Militar e que os tiros teriam sido feitos de cima para baixo, o que pode indicar execução. Denúncias dão conta que pelo menos um dos mortos estava deitado no chão quando foi assassinado.

Testemunhas


A Polícia Civil começou a ouvir na manhã desta terça-feira, três testemunhas para tentar esclarecer as mortes no Aglomerado da Serra. Familiares de Jeferson estão entre as pessoas que prestam depoimentos no Departamento de Investigações. O delegado Fernando Miranda da Delegacia de Homicídios Centro-Sul é quem escuta as testemunhas.

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