postado em 23/02/2011 13:31
Rio de Janeiro - Moradores de Santa Cruz, na zona oeste da capital fluminense, devem fazer um protesto nesta sexta-feira (25/2) contra a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), instalada no bairro no ano passado. Os manifestantes vão exigir medidas da CSA para evitar novos problemas ambientais, como a liberação de fuligem do processo siderúrgico na atmosfera.A moradora da comunidade Reta João XXIII Eliane Mesquita, que integra um comitê local de monitoramento da CSA, disse que, no último sábado (19) houve uma nova ;chuva; de fuligem em alguns pontos da localidade, que fica ao lado da siderúrgica. Há relatos também de moradores de Santa Cruz de que a fuligem se espalha pelas redondezas da siderúrgica toda vez que venta forte, como aconteceu no último sábado.
A CSA, no entanto, nega que tenha havido liberação de fuligem no final de semana. O Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que hoje (23) faz uma vistoria de rotina na CSA, informou que não registrou emissão de fuligem no sábado, mesmo que dentro dos níveis toleráveis.
No ano passado, durante os testes para início da operação do segundo alto-forno da CSA, foram registradas liberações de partículas de ferro-gusa na atmosfera durante cerca de dois meses. A companhia chegou a ser multada e o Ministério Público denunciou a siderúrgica à Justiça.
O MP e o Inea chegaram a entrar num acordo, em dezembro, para que a CSA atrasasse em pelo menos um mês o início da operação do segundo alto-forno e só o fizesse depois de uma auditoria. Mas, dias depois, o governo do Rio autorizou o funcionamento do forno, mesmo sem a auditoria.
;Os moradores defendem que a CSA aja com mais responsabilidade e que ela responda ambientalmente. Mas, mais do que responder pelo que faz, queremos que ela adote medidas de precaução para que isso não volte a acontecer;, disse Eliane.