Brasil

Patriota pede na Bolívia cooperação na luta contra o narcotráfico

Agência France-Presse
postado em 25/03/2011 20:48
LA PAZ - O chanceler Antonio Patriota expressou nesta sexta-feira em La Paz sua preocupação com o aumento do narcotráfico no México e na América Central, e defendeu a cooperação para evitar que o problema tome iguais proporções na América do Sul.

"Estamos muito preocupados com a intensificação do problema (do narcotráfico) no México, América Central, não queremos que assuma uma proporção comparável aqui na região", afirmou o chanceler brasileiro durante coletiva de imprensa junto a seu colega boliviano, David Choquehuanca.

Patriota e Choquehuanca abordaram a agenda bilateral, conversaram sobre uma futura reunião entre os presidentes Dilma Rousseff e Evo Morales, ainda sem data, e assinaram acordos de cooperação brasileira no campo agrícola, de saúde animal e desenvolvimento fronteiriço.

"É claro que nos preocupa a questão do narcotráfico, é uma questão que preocupa toda a comunidade internacional", disse o ministro, que explicou que por tal motivo o Brasil tem o objetivo de cooperar com a Bolívia, terceiro produtor mundial de cocaína, depois de Peru e Colômbia, na luta antidrogas.

Brasil e Bolívia dividem uma fronteira comum de 3.100 quilômetros e muitos povoados nessa região são palco de fluxo de comércio de drogas e contrabando de armas e de automóveis roubados.

Patriota afirmou que o Brasil "tem a intenção de desenvolver programas de cooperação bilaterais com vários dos países fronteiriços", apesar de querer adotá-los nas Nações Unidas e na União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

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