Brasil

Médicos de universidade de Uberlândia são investigados por coagir alunos

Estado de Minas
postado em 29/03/2011 10:28
A Polícia Federal de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, investiga três médicos do curso de Otorrinolaringologia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) suspeitos de coagir estudantes a trabalhar em consultórios particulares. O chefe de residência do curso e dois filhos dele foram denunciados por alunos que seriam forçados a atender nas clínicas.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, José Pacífico Martins Ferreira, os alunos tinham que trabalhar de graça nas clínicas e caso não aceitasse eram impedidos de participar de cirurgias no hospital da universidade. Segundo o delegado, a carga horária era excessiva, pois os trabalhos nas clínicas seriam feitos depois do estágio obrigatório que os estudantes cumpriam no Hospital da UFU.

A situação irregular foi denunciada ao Ministério Público de Minas Gerais por alunos que desistiram do curso. Sete estudantes contaram que eram forçados a cumprir mais de 60 horas semanais. As investigações começaram há 15 dias e segundo o delegado, um pedido de afastamento dos profissionais pode ser feito ainda esta semana. O inquérito deve ser concluído em um prazo de trinta dias.

Ainda segundo o delegado, durante averiguações na universidade foi constatado no mesmo setor denunciado, que um boliviano estava exercendo funções médicas de forma irregular. O homem não tem autorização do Conselho Regional de Medicina para desempenhar a profissão.

A UFU afirma que ainda nesta manhã vai se posicionar sobre o assunto.

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