O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, classificou como "herói" o sargento da Polícia Militar que impediu a continuidade do massacre em Realengo, na tarde desta quinta-feira (7/4).
"Quero agradecer ao herói sargento Alves, que estava participando de uma ação policial há cerca de dois quarteirões da escola, quando foi avisado por dois meninos feridos e pela professora. Ele impediu o assassino, que já estava acessando o terceiro andar. Sem dúvida nenhuma, a atuação do sargento foi fundamental. Ele já estava preparado para mais disparos", destacou o governador.
Emocionado, Cabral revelou que o autor dos disparos, Wellington Menezes de Oliveira, 23 anos, fez um pedido do histórico escolar a uma funcionária da escola, antes de começar a atirar contra os estudantes.
O governador deu as declarações nesta tarde, em entrevista coletiva, quando o saldo da tragédia na Escola Municipal Tarso da Silveira, na zona oeste da cidade, era de 11 estudantes mortos (nove meninas, um menino e o assassino) e pelo menos 18 feridos.
Aulas suspenas
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, também elogiou a ação do policial militar: "Estamos diante de uma tragédia que poderia ser muito pior se não fosse a ajuda de um policial, um herói".
Paes informou que não haverá aula amanhã (sexta-feira) na escola, mas, sem falar em data, garantiu que o colégio voltará a funcionar. "Um lugar para construir sonhos se transformou em um inferno. Essa escola já formou muita gente. Atende crianças especiais, é um espaço aberto para a comunidade. Infelizmente, esse psicopata estudou aqui por 4, 5 anos", afirmou.