postado em 07/04/2011 16:25
Rio de Janeiro - A mãe de Wellington Menezes de Oliveira - o atirador de 23 anos que matou 11 crianças, feriu pelo menos 13 e depois se suicidou, na manhã desta quinta-feira (7/4), na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro - sofria de esquizofrenia, segundo o secretário estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Rodrigo Neves. No entanto, Wellington não apresentou qualquer sinal de desequilíbrio mental no período em que estudou na escola, entre 1999 e 2002.;O que espanta de fato é ele ter direcionado a sua ação para as crianças;, disse Neves, que esteve na escola. ;Essa tragédia segue os moldes americanos. Por isso, vai suscitar um debate sobre desarmamento no país. O Brasil precisa reduzir ao máximo as possibilidades de as pessoas conseguirem armas;, afirmou o secretário.
A Polícia Civil do Rio já sabe que Wellington vivia sozinho, nos últimos meses, em Sepetiba, na região metropolitana. Antes, morou com sua família adotiva em Realegendo.
O sargento da Polícia Militar Márcio Alves, que foi chamado para ir a escola por duas crianças que foram feridas durante o ataque, contou que Wellington tinha uma carta no bolso. ;Eram coisas desconexas. Não entendi nada do que estava escrito;, disse o comandante do 14; Batalhão da Polícia Militar, Djalma Beltrami, para quem Alves entregou o texto. ;Em 26 anos de corporação, nunca tinha visto nada parecido.;
A carta foi encaminhada à Delegacia de Homicídios junto com as armas usadas pelo atirador.