postado em 13/04/2011 13:35
A necessidade de mais profissionais de saúde no Brasil é clara, mas a única opção a ser implementada em curto prazo é distribuir melhor os médicos pelo país e evitar que eles deixem as pequenas cidades em busca de trabalho nos grandes centros. A avaliação é do representante da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Félix Rígoli.Durante a abertura do Seminário Nacional sobre Escassez, Provimento e Fixação de Profissionais de Saúde em Áreas Remotas e de Maior Vulnerabilidade, Rígoli elogiou o esforço brasileiro para o crescimento do Sistema Único de Saúde (SUS). ;É um desafio muito complexo;, disse.
O presidente do Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde (Conasems), Antônio Carlos Nardi, lembrou que os problemas relacionados à distribuição e à fixação de médicos no Brasil não se resumem a áreas remotas.
;Há escassez de profissionais com qualidade de formação e que atendam dentro dos padrões nos grandes centros, nas capitais, nas regiões metropolitanas. É uma ferida que temos que tocar e ver cicatrizada com solução;, afirmou.
A presidenta do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Beatriz Dobashi, concorda que ainda não há uma solução para a carência de médicos no Brasil. Para ela, entretanto, o país não pode ser penalizado por ter descentralizado o SUS sem ter equipes disponíveis para garantir atendimento à população. ;Espero que esse esforço conjunto traga a luz no final do túnel.;
Durante o evento, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reconheceu que o SUS precisa enfrentar o que chamou de ;fatores limitantes;. Para ele, a diretriz de um conjunto de iniciativas deve ser a busca da qualidade na saúde pública.
;O que estamos discutindo não é o esforço de multiplicar profissionais ou de repor peças onde não existem. É uma parte do esforço de qualificação do SUS;, disse. ;Não podemos pensar que uma estratégia única vá dar conta das diversas realidades do país;, completou.