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Secretaria do Ambiente do Rio fecha lixão clandestino em Duque de Caxias

postado em 19/04/2011 14:37
Rio de Janeiro - A Secretaria Estadual do Ambiente fechou hoje (19) um lixão clandestino localizado nas proximidades do Aterro Sanitário de Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

O local chama a atenção pelas condições sub-humanas dos catadores e das crianças que andam sem roupa pelo lixo. Dejetos, sujeira, poeira, insetos e animais também fazem parte do cenário.

De acordo com o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, a "cidade do lixo" avançou sobre uma antiga área de mangue há cerca de um ano. Por dia, cerca de 50 caminhões despejam irregularmente 300 toneladas de lixo no local. Para o secretário, a ação tem cunho repressivo e de proteção ao manguezal e é também um complemento às ações de inclusão social dos catadores.

;Aqui tem muita doença, tem crack, não tem lei. Os caminhões que chegam aqui com um lixo extraordinário. Eles tiram lixo de shoppings, supermercados e despejam aqui ilegalmente. Aqui nós estamos no meio da degradação ambiental, social e humana. A gente quer salvar o manguezal, os catadores e, junto com a prefeitura de Caxias, queremos recuperar o bairro e abrir novas condições de trabalho para essas pessoas;, disse Minc.

Segundo o coordenador de Combate aos Crimes Ambientais da secretaria, José Maurício Padrone, uma cerca de cinco quilômetros já foi instalada do lado direito do aterro. Mas isso não impediu que a área continuasse a ser usada para depósito de lixo. Hoje (19) um novo trabalho de contenção da área do aterro foi iniciado. A intenção é cercar completamente a área e impedir a entrada de caminhões. ;As nossas máquinas estão começando hoje a fazer esse trabalho de remoção do lixo, vamos cercar para impedir o avanço em direção ao manguezal;, informou Padrone.

A previsão é que o trabalho para cercar toda a área dure dois meses. Segundo a secretaria, serão necessários mais três quilômetros de cerca.

A ação contou com o apoio da Polícia Militar, de homens do Batalhão Florestal e de fiscais do Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Ninguém foi detido.

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