Brasil

Donos de farmacêutica acusados de falsificar medicamentos são soltos em BH

Eles foram detidos na última quarta-feira e passaram apenas oito dias presos

Estado de Minas
postado em 21/04/2011 17:36
Presos por tráfico de drogas e ainda sob investigações a cerca de crimes contra a ordem econômica, além de adulteração e falsificação de medicamentos, os sócios-proprietários da empresa Hipolabor ficaram na cadeia por apenas oito dias. Ildeu de Oliveira Magalhães, presidente da indústria farmacêutica e o químico Renato Alves da Silva foram soltos nesta quinta-feira (21/4).

De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds-MG), os dois sócios deixaram o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) São Cristóvão, em Belo Horizonte, por volta das 6h. Eles foram soltos mediante alvará de soltura expedido pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

Ildeu e Renato foram presos na manhã da última quarta-feira quando foi deflagrada a Operação Panaceia (remédio contra todos os males), encabeçada pelo Ministério Público Estadual (MPE). As investigações sobre o funcionamento e atuação da Hipolabor tiveram início em novembro de 2009, quando o MPE começou a apurar denúncias de que os remédios produzidos pela indústria farmacêutica estariam matando pacientes. Foram comprovadas as mortes de dois pacientes que usaram remédios falsificados e adulterados ; anestésicos, analgésicos e anticoagulante. Há outras que estão sendo investigadas, entre elas uma no Espírito Santo.

O MPE encontrou indícios de que relacionam os dois sócios tiveram ;enriquecimento vertiginoso; com um esquema de falsificação praticado desde 2000. Ildeu e Renato também são acusados de lavagem do dinheiro arrecadado com a falsificação de medicamentos e sonegação fiscal. O prejuízo ao fisco estadual causado pela empresa nos últimos 10 anos é estimado em R$ 600 milhões, segundo o promotor Christiano Leonardo Gonzaga Gomes, da comarca de Sabará, na Grande BH, onde fica a sede da indústria.

Venda proibida

Na edição desta terça-feira do Diário Oficial ;Minas Gerais; foram confirmadas as proibições de produção e comercialização de 15 medicamentos produzidos pela empresa Hipolabor Farmacêutica Ltda. A lista de remédios proibidos ainda pode aumentar, já que a empresa é alvo de uma nova vistoria dos órgãos reguladores.

A interdição desses medicamentos é cautelar e vale pelo período de 90 dias. A Secretaria de Saúde orienta as pessoas que fazem uso de tais remédios a procurarem orientação médica para substituí-los.

Confira a lista de medicamentos da Hipolabor proibidos pelo governo

Cloridrato de lidocaína 2%
Cloridrato de metoclopramida
Dipirona sódica
Maleato de enalapril e Sulfato de amicacina em todas as suas concentrações e apresentações
Carbonato de Lítio
Citrato de Fentanila
Cloridrato de Naloxona
Clonazepam
Cloridrato de Fluoxetina
Cloridrato de Tramadol
Cloridrato de Midazolam
Diazepam
Fenitoína Sódica
Valproato de sódio em todas as suas concentrações e apresentações

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