Brasil

Robô encontra no Atlântico peças do voo 447

Um dos objetos localizados é uma pequena turbina da parte traseira do avião que caiu no Oceano Atlântico em 2009 com 228 pessoas a bordo. Caixa-preta permanece desaparecida

postado em 30/04/2011 10:11
Novas peças do Airbus da Air France que caiu no Oceano Atlântico após decolar do Rio de Janeiro com destino a Paris, matando todas as 228 pessoas a bordo em 31 de maio de 2009, foram encontradas ontem, de acordo com o Escritório de Análises e Investigações da França. Entre os objetos localizados pelo robô Remora 6000, está um que se assemelha a uma pequena turbina da parte de trás da aeronave. Um boletim do escritório francês relata ainda que componentes da parte da frente e do fim do Airbus estão quebrados e misturados. A falta de continuidade do rastro das peças tornou as buscas mais demoradas.

Apesar de o robô ter localizado dispositivos do avião, o órgão francês não realizou nenhuma operação para retirá-los do mar. As peças encontradas até agora não dão pistas dos motivos que provocaram o acidente. O objetivo do escritório de análise é encontrar a memória das caixas-pretas do avião. O objeto armazena diálogo entre os pilotos antes da queda, e a conversa dos comandante poderá dar pistas mais consistentes do motivo da tragédia.

Chassi
O esforço da equipe para encontrar a caixa-preta do avião pode ser em vão porque a maior parte dos destroços encontrados até agora está há quase dois anos submersa a 3,9 mil metros de profundidade. A pressão a que o dispositivo está submetido pode ter comprometido o conteúdo da caixa-preta.

Em um dos mergulhos, o robô localizou o chassi da caixa-preta do avião, mas a peça estava sem a unidade de memória que contém os dados do voo e as informações de áudio. O Escritório de Análise e Investigações da França informou que tem as coordenadas geográficas precisas dos destroços. A informação surgiu a partir da análise de 15 mil fotos feitas por robôs que participaram da fase anterior da investigação. Durante os trabalhos, o robô localizou também vítimas da tragédia. Mas os responsáveis pela operação encontraram dificuldades em remover os corpos sem que fossem danificados, devido à grande profundidade.

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