postado em 09/06/2011 07:17
O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, vai nesta quinta-feira (9/6) a Roraima, onde, no último domingo (5/6), os estragos causados pela chuva que atinge o estado levaram o governo a decretar situação de calamidade pública.Além de visitar áreas afetadas pela chuva e pela cheia dos rios, o ministro se reunirá com o governador José de Anchieta Júnior e com técnicos do governo estadual para definir a melhor forma de os governos federal e estadual auxiliarem a população e repararem os estragos.
Nas quatro rodovias federais que cortam o estado há quilômetros de trechos alagados por onde é impossível trafegar com veículos. Pontes foram arrastadas. Diversas comunidades estão isoladas e o receio é que faltem alimentos, medicamentos e combustível. As aulas foram suspensas e as férias escolares antecipadas no interior do estado.
[SAIBAMAIS]Segundo a Coordenadoria Estadual de Defesa de Roraima (Cedec/RR), até esta quarta-feira (8/6), o número de desabrigados chegava a 8.895 pessoas. Outras 41.583 pessoas haviam sido desalojadas. A estimativa é de que, no total, 355 mil pessoas tenham sido afetadas. Entre as medidas já anunciadas pelo Ministério da Integração estão a liberação, pela Secretaria Nacional de Defesa Civil, de 10 mil cestas contendo 21 quilos de alimentos. As cestas estão em um armazém da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em Manaus (AM), e serão distribuídas segundo critérios da Cedec. De acordo com o ministério, os produtos que serão distribuídos são suficientes para abastecer uma família de cinco pessoas por cerca de 15 dias.
A Secretaria Nacional de Defesa Civil também já colocou à disposição do governo estadual uma equipe de técnicos. Além disso, militares das Forças Armadas, sobretudo do Exército, e bombeiros de outros estados serão mobilizados. Bezerra estará acompanhado pelo secretário nacional de Defesa Civil, Humberto Viana.
Na última terça-feira (7/6), o governador José de Anchieta Júnior esteve em Brasília, onde pediu a ajuda do governo federal. Na ocasião, Anchieta afirmou que até o fim de agosto, quando termina o inverno e o período de chuva na região, só será possível trabalhar "de forma paliativa" e não de forma a recuperar plenamente os estragos.