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Acusado de matar a estudante Eloá não fala sobre o crime em depoimento

postado em 18/06/2011 15:29
São Paulo ; Acusado de assassinar a ex-namorada em 2008, Lindemberg Alves Fernandes optou pelo silêncio ao ser chamado para depor no Fórum de Tremembé, a 150km de São Paulo. Com isso, o processo segue para as alegações finais. A Justiça decidirá se Lindemberg vai a júri popular. Não é a primeira vez que o motoboy paraibano se cala diante do juiz. Ele já foi convocado duas vezes para dar a sua versão sobre o caso e assumiu a mesma postura. Orientado pelos advogados, só deverá contar como ocorreu a morte de Eloá quando estiver no banco dos réus.

Segundo uma fonte que atua no escritório de advocacia que defende o acusado, a estratégia é que ele fale apenas uma vez para não correr o risco de haver mais de uma versão sobre o caso, já que para os seus advogados Lindemberg vem entrando em contradição em perguntas básicas.

Encarcerado na Penitenciária de Tremembé desde 2008, Lindemberg é atendido por psiquiatras. Mas um laudo oficial feito recentemente garante que ele está em condições de depor e que o transtorno é considerado leve e comum entre os presos. Na cadeia, ele interage com outros presos e até joga futebol nos momentos de lazer. Para reduzir a pena, passou a trabalhar com marcenaria.

Segundo o promotor responsável pelo caso, Antônio Nobre Folgado, a estratégia de não falar prejudica o acusado e acelera o andamento do processo. No ano passado, a Justiça de São Paulo chegou a marcar o julgamento para fevereiro deste ano, mas, por causa da anulação de trabalhos feitos, a previsão passou para novembro. Folgado defende a tese de que Lindemberg teve intenção de matar Eloá. ;Ele sempre quis matar Eloá. Disse isso várias vezes durante as cem horas do sequestro;, sustenta.


DECLARADA MORTE DE ENGENHEIRA
A Justiça do Rio de Janeiro declarou a morte presumida da engenheira Patrícia Amieiro Branco de Franco, desaparecida desde 14 de junho de 2008. A declaração foi um pedido do pai da vítima, Antônio Celso de Franco. De acordo com o Ministério Público, Patrícia tinha 24 anos quando, ao voltar para casa, teve o seu carro atingido por projéteis de arma de fogo. Ela perdeu o controle do veículo, que caiu em um canal na entrada da Barra da Tijuca (RJ). O corpo da jovem ainda não foi encontrado. Quatro policiais militares são acusados pela morte e ocultação do corpo da vítima. Eles foram inocentados no inquérito policial, mas ainda falta a decisão da Justiça comum.

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