Brasil

Cemitério da capital pernambucana, instalado há 100 anos, está superlotado

postado em 26/07/2011 17:52
Christiane Huggins - Diario de Pernambuco

Moradores de Paulista, na região metropolitana do Recife, em Pernambuco, denunciam o descaso no cemitério municipal, Campo Santo São José, instalado há 100 anos na cidade. Segundo a comunidade, o local, ás margens PE ;15, em Arthur Lundgren, não tem vagas. Se fosse apenas esta informação, poderia ser mais simples, bastaria apenas uma placa informando: Não há mais vagas, as 2.700 gavetas estão ocupadas.

Segundo o presidente do sindicato dos servidores do Paulista, o problema complica quando os funcionários do cemitério quebram os jazigos e gavetas sem autorização dos familiares e retiram os restos mortais antes do tempo, sem haver local para acomodação dos ossos e fazendo novos enterros nestes espaços.

De acordo com Genivaldo Ribeiro, todos os dias pela manhã, há confusão. ;Os flagras podem ser vistos diariamente, os desentendimentos entre familiares dos mortos e funcionários são constantes, é uma verdadeira bagunça; destaca. O presidente da entidade, ressalta que esta semana, foram abertas quatro gavetas que não tinham completado os dois anos, prazo estabelecido para a retirada dos restos mortais, o período não é respeitado e os caixões ficam expostos aguardando os familiares chegarem com os ossuários.

O Sindicato dos servidores divulgou que vai entrar com uma denúncia junto ao Ministério Público de Pernambuco, solicitando que a prefeitura de Paulista tome providências e que, em caso de não haver vagas de jazigos ou gavetas no cemitério São José, o sepultamento aconteça em unidade particular.

O diretor de necrópoles da cidade, José Carlos Alves, informou que o cemitério está superlotado porque muitas pessoas de outros municípios da região metropolitana recorrem à unidade por não encontrar vagas, mas os enterros são prioridade de moradores do município. ;A denúncia de retirada dos corpos antes do vencimento é falsa, é uma calúnia, todos os familiares são informados dos nossos procedimentos;, rebate Carlos Alves.

O cemitério realiza cerca de 120 enterros por mês.

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