postado em 30/07/2011 19:00
Devido a dificuldades para o fretamento de uma aeronave no Peru, os corpos do engenheiro mineiro Mário Augusto Soares Bittencourt, de 61 anos, e do geólogo paulista Mário Gramani Guedes, 57, chegarão ao Brasil neste domingo em voo comercial, que pousará no Rio de Janeiro no começo da manhã, com previsão para às 5h. Mário Augusto, que será enterrado em Belo Horizonte, tem a chegada do seu corpo esperada para o meio da tarde na capital mineira. A família ainda não sabe se o traslado será feito por carro ou avião. O sepultamento está marcado para segunda-feira, às 9h, no Cemitério Parque da Colina. As informações foram dadas pelo sobrinho dele, o também engenheiro Felipe Bittencourt, 29 anos. Ele acrescentou que dois médicos legistas vão realizar exames nos corpos ainda no Rio de Janeiro. Mário Gramani Guedes será enterrado em São Paulo.Os dois profissionais, que trabalhavam para a empresa brasileira Leme Engenharia, foram encontrados mortos na manhã de quarta-feira, 27, na cidade de Pión, no Norte do Peru, dois dias depois de desaparecidos. Eles integravam um grupo que fazia levantamentos para a construção de uma hidrelétrica na região. A expectativa é que as famílias dos dois também recebam documentação do inquérito e fotos feitas pelas autoridades peruanas.
O irmão de Mário Bittencourt, Cláudio Antônio Soares Bittencourt, insiste na hipótese de que os profissionais podem ter sido assassinados. O laudo divulgado pelas autoridades peruanas, na quinta-feira, foi inconclusivo em relação às mortes, reafirmando que não foram encontrados sinas de violências. Cláudio, que teve acesso a imagens do local onde os corpos foram encontrados, afirmou que se trata de um descampado, a poucos metros de uma estrada. Diz também que as condições climáticas eram boas, o que afasta a possibilidade de hiportemia por causa do frio. Aventa ainda a possibilidade que eles possam ter sido mortos em outro local e os corpos deixados ali.
O engenheiro Mário Bittencourt, que vivia em Belo Horizonte, e o geólogo Mário Guedes, morador de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, embarcaram no sábado (23) para Chiclayo, capital do departamento peruano Amazonas. Na segunda-feira, seguiram para Pión, para fazer levantamentos no local onde será erguida a Hidrelétrica Vera Cruz. Depois de parada para descanso, se separaram de outros dois profissionais peruanos e não foram mais vistos.