Brasil

Familiares acreditam que brasileiros mortos no Peru foram envenenados

João Henrique do Vale/Estado de Minas
postado em 01/08/2011 19:23
Sem uma conclusão definitiva sobre as mortes do engenheiro Mário Bittencourt, de 61 anos, e do geólogo Mário Gramani Guedes, familiares não descartam a hipótese de envenenamento. Segundo o atestado de óbito emitido pelas autoridades peruanas, as mortes foram causadas por um edema pulmonar e cerebral. ;Os dois morreram do mesmo jeito. Por isso acreditamos nesta hipótese e estamos falando disso desde quarta-feira;, afirma o sobrinho do engenheiro, Felipe Bittencourt.

De acordo com ele, um primo da família, que é médico legista, afirmou que é possível ter acontecido o envenenamento. ;Nosso primo disse que uma pessoa envenenada pode ter edema no cérebro e no pulmão;, conta. O corpo de Mário vai passar por uma autópsia no Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte. O resultado, segundo a família, deverá ficar pronto na terça-feira.

[SAIBAMAIS]Já os resultados de outros exames laboratoriais realizados no Peru, devem demorar algumas semanas para serem divulgados. Nesta terça-feira, devem chegar ao Brasil amostras coletadas no país andino, para serem feitos novos exames.

O enterro do engenheiro está marcado para esta terça-feira, às 17h, no Cemitério Parque da Colina. O corpo deve ser liberado no IML no final da tarde. O corpo do geólogo paulista Mário Guedes já foi enterrado em São Paulo.

Os dois profissionais foram encontrados mortos na manhã de quarta-feira, 27, na cidade de Pión, no Norte do Peru, dois dias depois de desaparecidos. Eles integravam um grupo que fazia levantamentos para a construção de uma hidrelétrica na região. A expectativa é que as famílias dos dois também recebam documentação do inquérito e fotos feitas pelas autoridades peruanas.

Confusão no IML
O corpo de Mário chegou na capital mineira em uma aeronave fretada pela Leme Engenharia, vinda do Rio de Janeiro. Ela pousou no Aeroporto da Pampulha, por volta das 15h. De lá, o corpo seguiu para o IML de BH em um carro de funerária. Ao chegar no local, os restos mortais foram impedidos de entrar, pois a família precisava de uma autorização assinada por um delegado. Após muita demora e discussão, o irmão do engenheiro, Cláudio Bittencourt, conseguiu o documento e corpo pôde, finalmente, entrar no IML.

Com informações de Paula Sarapu

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