postado em 10/08/2011 07:27
Rio de Janeiro - O primeiro banco comunitário do Rio será inaugurado no próximo dia 15 de setembro na Cidade de Deus. O projeto será apresentado nesta quarta-feira (10/7) no 2; Congresso Fluminense de Municípios, que a Associação Estadual de Municípios do Rio de Janeiro (Aemerj) promove, em conjunto com o governo do estado, a prefeitura da capital e a Assembleia Legislativa (Alerj), no Armazém 2, no Pier Mauá.;Nós fomos escolhidos como política pública inovadora para ser apresentada a outros municípios, para que ela possa ser replicada;, disse o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico Solidário, Marcelo Henrique da Costa.
A metodologia e o processo de envolvimento dos moradores da Cidade de Deus no projeto do banco comunitário começaram há dois anos. ;É um processo de amadurecimento, de conhecimento do território, de construção participativa;.
Será apresentada também no congresso a experiência do município de Silva Jardim, situado na região das Baixadas Litorâneas, que criou no ano passado um banco com moeda própria: o Capivari. Marcelo Costa alertou, contudo, que a construção do banco comunitário ;não ocorre a partir de uma canetada do gestor. Vai ser necessário diálogo, porque o protagonismo de um banco comunitário é, necessariamente, local;.
Ele explicou que um banco comunitário não é uma instituição pública. ;O banco tem parceria pública mas, acima de tudo, é da sociedade local;. O banco da Cidade de Deus terá uma moeda, o CDD, que será utilizada para compras na comunidade, com descontos. ;O indivíduo vai ao banco comunitário, troca o seu real por CDD. A relação é paritária, ou seja, um por um. Ele vai ao comércio, aos serviços e, ao apresentar a moeda social, receberá um pequeno desconto;, informou Costa. Com isso, ganha o consumidor, que compra com desconto, e também o comerciante, pela escala e pela fidelização do cliente.
A moeda social da Cidade de Deus não vale, entretanto, para outros locais. O secretário disse que a lógica é que o recurso adquirido na Cidade de Deus circule pela própria comunidade, ;criando prosperidade, desenvolvimento e melhorando os negócios;.
Marcelo Costa destacou que o banco comunitário não resolve todos os problemas, mas pode ser uma ;tecnologia social potente e inovadora para transformar a realidade local;. O congresso debaterá o municipalismo e terá a participação de lideranças da região.