Pedro Henrique Freire, João Henrique do Vale/Estado de Minas
postado em 11/08/2011 17:18
O primo do goleiro Bruno Fernandes, Sérgio Rosa Sales, deve deixar a Penitenciária Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, Região Metropolitana de Belo Horizonte, até o fim da tarde desta quinta-feira. A previsão é do advogado de defesa Marco Antônio Siqueira, que deixou o local nesta quinta-feria (11/8) por volta das 14h. A demora é devida aos trâmites legais para liberação do alvará de soltura.Segundo Siqueira, a juíza Marixa Fabiane Rodrigues já assinou o documento, que foi levado para um juiz de Ribeirão das Neves. Agora, o documento segue para uma delegacia da cidade, onde será carimbado, e depois levado para a penitenciária.
Os familiares de Sérgio, que estavam concentrados desde o início desta manhã na porta da Dutra Ladeira, desistiram de esperar o parente no local e seguiram para o Fórum de Contagem.
[SAIBAMAIS]
O direito do réu de responder em liberdade o processo sobre o sumiço e morte de Elisa Samudio foi concedido nessa terça-feira pelos desembargadores da 4; Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais Assim como Bruno e Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, Sérgio responde por homicídio triplamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver.
Também durante a audiência, os desembargadores decidiram submeter todos os oito réus do processo a júri popular. A data deve ser marcada em um mês. Os magistrados negaram, ainda, o recurso dos réus que pedia a anulação da pronúncia e o pedido do Ministério Público para que a ex-mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues, a ex-namorada do atleta, Fernanda Gomes de Castro, assim como Wemerson Marques de Souza e Elenilson Vitor da Silva respondessem por homicídio e ocultação de cadáver. Os quatro respondem em liberdade pelos crimes de sequestro e cárcere privado.
Relembre o caso
De acordo com o inquérito, Eliza e o bebê, suposto filho do goleiro, foram sequestrados por Luiz Henrique Romão e Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, no Rio de Janeiro, e trazidos para o sítio do atleta, em Esmeraldas, na Grande BH, em 4 de junho. A vítima teria sido mantida em cárcere privado até o dia 10, quando teria sido morta fora dali. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, é apontado como o executor. A criança foi entregue à ex-mulher, Dayanne de Souza.
Bruno, Macarrão e Sérgio respondem por sequestro e cárcere privado (pena de 1 a 3 anos), homicídio qualificado ( 12 a 30 anos) e ocultação de cadáver (1 a 3 anos). Bola é acusado de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Em liberdade, Fernanda Gomes de Castro responde por sequestro e cárcere privado de Eliza e do bebê. Dayanne, Wemerson Marques de Souza e o caseiro do sítio, Elenilson Vitor da Silva, são acusados de sequestro e cárcere privado do menor.