postado em 15/08/2011 13:16
Rio de Janeiro ; Voluntários, moradores de São Gonçalo e parentes da juíza Patrícia Acioli, morta a tiros na última sexta-feira (12/8) quando chegava em casa em Niterói, fazem nesta segunda-feira (15/8) protesto em frente ao Fórum da cidade, localizada na região metropolitana do Rio. Usando mordaças pretas, togas e exemplares do Código Penal e segurando rosas vermelhas, eles cobram a rápida elucidação do crime, com a identificação e punição dos culpados.[SAIBAMAIS]Para o presidente da organização não governamental Rio de Paz - responsável pelo ato -, Antônio Carlos Costa, o momento é de indignação pelo ataque não apenas a ;uma cidadã, mãe de três filhos;, como ao Estado Democrático de Direito.
;Se é para o Judiciário ficar amordaçado, é melhor a gente viver na China. O crime foi muito grave e é preciso que haja uma solução rápida, senão daqui a pouco o Rio de Janeiro vai virar uma Colômbia;, afirmou.
O jornalista Humberto Nascimento, primo da juíza, também cobrou do Estado uma apuração ágil. Ele disse que o governo do Rio teria dispensado a ajuda da Polícia Federal nas investigações. ;A gente queria que a Polícia Federal participasse, pelo menos como observadora. Mas já que o governador assumiu essa responsabilidade, ele vai ter que dar uma resposta;, acrescentou.
Nascimento disse também não acreditar que o crime tenha sido passional, hipótese que, segundo ele, seria fantasiosa e cômoda para o estado. De acordo com Nascimento, a família suspeita que o assassinato tenha relação com casos que a juíza ainda julgaria e não com processos anteriores.
Ele comentou que pelo menos sete pessoas seriam julgadas por Patrícia Acioli na 4; Vara Criminal de São Gonçalo, ao longo desta semana. Entre os processos estão casos de homicídio qualificado.