Jornal Correio Braziliense

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Armas de amigos de PMs suspeitos da morte da juíza Patrícia são recolhidas

A Polícia Civil do Rio de Janeiro cumpriu, na manhã de segunda-feira (14/9), 18 mandados de busca e apreensão em casas de amigos e parentes dos três policiais militares suspeitos de terem assassinado, no mês passado, a juíza Patrícia Acioli. Cerca de 90 homens participaram da operação e encontraram 62 pistolas, que foram levadas à Divisão de Homicídios (DH). O delegado titular da DH, Felipe Ettore, informou que, na última segunda-feira, mesmo dia em que a corporação oficializou o indiciamento dos PMs, foi achada pelo menos uma das armas usadas pelos suspeitos. A pistola .40 estava na casa do cabo Sérgio Costa Júnior. Na residência da mãe dele, havia munições para o artefato.

[SAIBAMAIS]Além de Sérgio, o cabo Jefferson de Araújo Miranda e o tenente Daniel Santos Benitez Lopez são apontados como autores do crime. Segundo a investigação, eles teriam planejado a morte da magistrada com um mês de antecedência. No mesmo dia em que souberam que Patrícia Acioli decretaria a prisão deles ; os policiais também são suspeitos de envolvimento na morte de um jovem de 18 anos na comunidade do Salgueiro, em São Gonçalo ;, eles a assassinaram, conforme o delegado Ettore. A magistrada, no entanto, decretou a detenção dos PMs antes de ir para casa, em Niterói, onde foi executada com 21 tiros.

A DH não descarta o envolvimento de outras pessoas no assassinato. Por isso, foram recolhidas 695 pistolas e revólveres do 7; Batalhão da Polícia Militar, em São Gonçalo, onde Patrícia Acioli atuava. Será feito um confronto balístico das armas recolhidas com os projéteis coletados por peritos no local do crime. Os PMs suspeitos são do Grupo de Ações Táticas de São Gonçalo e teriam usado uma viatura sem GPS de outro batalhão para conhecer, 30 dias antes do crime, o local onde Patrícia Acioli morava. Ontem, eles prestaram depoimento e negaram ter participação no caso.