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Promotora de Justiça tem ameaças pichadas em carro em Belo Horizonte

A mulher já tinha sido ameaçada outra vez e andava com escolta. O benefício foi retirado há pouco tempo

João Henrique do Vale/Estado de Minas
postado em 15/09/2011 16:26
O veículo foi pichado enquanto a promotora participava de um grupo de oração

A violência conta juízes e promotores de justiça chegou até Belo Horizonte (MG). Nesta quinta-feira, uma promotora de Justiça procurou a polícia após ter o carro pichado com palavras de baixo calão e ameaças de morte. O pneu do veículo também foi furado pelo suspeito.

A ação aconteceu na noite dessa quarta-feira. Segundo a promotora Laís Maria Costa Silveira, ela saiu da promotoria, passou na casa de uma amiga e foi até um local descampado no Bairro Belvedere, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, onde se reúne com um grupo de oração. "Fui para lá para ter um pouco de paz", afirma a promotora.

Quando voltou para o carro, por volta das 19h, a calma deu espaço ao pânico. Ela e a amiga encontraram o carro pichado com os dizeres em amarelo: "Vadias. A morte sempre está perto". O pneu do carro também foi furado pelo autor. "Minha amiga ligou para o namorado dela, que também é promotor, e ele nos orientou sair do local", conta Laís Silveira.

As duas entraram no veículo e pararam em um posto de combustível para encher o pneu. Elas seguiram pela Avenida Nossa Senhora do Carmo e encontraram com uma viatura da Polícia Militar. Os militares as encaminharam para uma companhia de polícia para lavrar um boletim de ocorrência, o que acabou não acontecendo. "Uma militar não quis fazer o boletim, pois nós não sabíamos precisar o local e o horário que aconteceu o fato", diz a promotora.

Silveira foi para casa de uma amiga e nesta manhã foi até o Juizado Especial Criminal para lavrar um boletim de ocorrência. Laís deixou fotos e um laudo do borracheiro que mostra os furos nos pneus do carro.

Ameaças
A promotora afirmou que já sofreu ameaças em janeiro de 2010, e recebeu escolta policial que foi suspensa após um tempo. No caso de quarta-feira, Laís afirma que deve ter sido seguida, pois não costuma seguir para o local onde aconteceu as ameaças. "Tenho certeza que fomos seguidas, pois não tenho costume de fazer esse trajeto. Lá era bem escondido para alguém passar e ver meu carro", revelou.

Nesta manhã ela comunicou o fato ao Ministério Público que ordenou uma escolta para a promotora.

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