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Destruída por enchente em São Luiz do Paraitinga, capela é restaurada

postado em 17/09/2011 14:15
São Paulo - Destruída pela enchente que atingiu a cidade de São Luiz do Paraitinga (SP) em janeiro do ano passado, a Capela das Mercês vai reabrir suas portas à população no próximo dia 25 de setembro. No prazo de nove meses, a capela ; que é um dos símbolos da cidade - foi reconstruída.

;A obra é uma reconstrução da capela que ruiu, onde sobrou só cerca de 1,10 metro de taipa, além de alguns escombros como portas, batentes, janelas e pedaços do altar. Foi feita uma separação desse material por voluntários e a partir daí foi feito um projeto pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para a reconstrução;, explicou Mauro Henriques de Arruda, engenheiro civil da empresa responsável pela obra.

Para proteger a taipa, uma parede que ficou de pé apesar da enchente, foi feita uma fundação e uma proteção de concreto armado e mais de 100 mil tijolos. ;No projeto, ela [taipa] vai ficar à vista para que o pessoal saiba o que era da capela antiga e o que é da que foi reerguida;, disse Arruda.

A obra custou R$ 1,127 milhão e foi feita com operários da cidade. ;Eles são envolvidos com a cidade, com a capela e com os sistemas construtivos da cidade. Esses operários sabem fazer e, motivados pela ideia de terminar a capela, essa obra pode então ser feita no prazo de nove meses;, disse Antonio das Neves Gameiro, arquiteto do Iphan e responsável pelo projeto.

A Capela das Mercês foi inaugurada por volta de 1814. ;Ela é a segunda igreja mais antiga da cidade. A primeira foi a Igreja do Rosário e em volta dela surgiu o núcleo que deu origem a esse bairro do Rio Paraitinga (que originou a cidade). A Capela das Mercês é muita querida pela cidade;, destacou o arquiteto do Iphan.

Segundo Gameiro, uma grande festa em louvor à Nossa Senhora das Mercês vai celebrar a entrega da capela reconstruída para a cidade. ;Quando fiz o projeto de restauração, sabia que era um trabalho difícil e complexo, mas resolvi fazer essa obra num prazo que coincidisse com o dia da padroeira [da cidade], que é 24 de setembro. Era um prazo de execução de apenas nove meses, algo extremamente complexo de ser feito;, disse o arquiteto.

Além da Capela das Mercês, o Iphan está trabalhando na restauração de construções da cidade como a Igreja do Rosário, a Casa de Oswaldo Cruz e dois casarões do centro histórico que desabaram com a enchente.

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