Brasil

Desafio da nova cúpula da PM do Rio é combater a corrupção policial

postado em 01/10/2011 19:28
Rio de Janeiro - O combate à corrupção policial é o principal desafio da Polícia Militar do Rio de Janeiro, na opinião da antropóloga Jaqueline Muniz. Para a professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), especialista em segurança pública, a formação da nova cúpula da corporação, anunciada no primeiro dia de trabalho do novo comandante-geral da corporação, coronel Erir Ribeiro da Costa Filho, sinaliza que a questão está sendo tratada como prioridade.

;Há uma atenção especial por parte do novo comando. Mas isso vai exigir esforços não só dentro da PM, mas na estrutura correcional da segurança publica como um todo;, ponderou a antropóloga. Segundo ela, além da indicação de um novo nome para assumir a Corregedoria da PM fluminense (coronel Waldir Soares), a corporação precisa investir nos mecanismos de controle interno e externo. ;[Esses mecanismos] são a polícia da polícia. São o fiel da balança que fazem a certificação da qualidade e da confiabilidade do trabalho policial, separando o joio do trigo;, acrescentou.

O combate às milícias, para ela, é hoje o "calcanhar de Aquiles" da polícia fluminense, porque as milícias atuam dentro do estado. "Elas [milícias] sabotam os esforços do governo e da polícia. Esse, sim, é o tiro amigo!”

A troca da corregedoria da PM do Rio foi uma das dez mudanças anunciadas pelo novo comando-geral. Para a antropóloga, as mudanças foram coerentes. Ela conhece boa parte dos nomes anunciados porque foi professora do curso de pós-graduação em segurança pública da UFF que teve, entre os alunos, alguns dos novos comandantes.

;É previsível, natural e desejável que o novo comando estruture seu Estado-Maior para que as prioridades e metas traçadas pelo novo comando possam ter consequências nas unidades operacionais. Conheço os indicados, tanto no comando-geral quanto no Estado-Maior, e diria que as qualificações dos quadros apontam para uma elevada competência técnica, elevado grau de profissionalismo, conhecimento sobre atividades policiais e postura extremamente ética e responsiva;, disse Muniz.

A professora ainda acrescentou que a criação do Comando de Policiamento Especializado, que vai integrar Batalhão de Operações Especiais (Bope), o Batalhão de Choque, o Batalhão Florestal, a Polícia Montada, a Polícia Rodoviária e a Polícia de Turismo pode significar ;racionalização de recursos, padronização de procedimentos e uma unidade de doutrina policial;.

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