postado em 07/10/2011 14:00
O Programa Minha Casa, Minha Vida, desenvolvido pelo Ministério das Cidades, vai entregar até o final do ano em todo o país mais 120 mil moradias. Até dezembro do ano passado, na primeira etapa do programa, foram totalizadas as contratações para a construção de 1 milhão de moradias. Nos próximos quatro anos, o número de novas unidades destinadas às populações de baixa renda chegará a 2 milhões. De acordo com a secretária nacional de Habitação, Inês Magalhães, o Brasil precisará construir nos próximos 20 anos 23 milhões de habitações para suprir a demanda.A secretária nega que haverá cortes no orçamento do programa. A previsão total de gastos deverá chegar a R$ 105 bilhões. Inês Magalhães falou sobre o assunto em entrevista ao programa Brasileiras. Segundo ela, as mulheres que são chefes de família vão poder ser responsáveis, na Caixa Econômica Federal, pelo financiamento da moradia, sem necessidade de comprovar a situação civil. Elas receberão a titulação do imóvel ao término da construção.
"Muitas vezes acontece de o ex-companheiro estar em outro lugar, de ela já ter firmado outra união e não estar com sua situação legalizada", lembrou Inês. De acordo com o Ministério das Cidades, 94% dos contratos feitos até agora para a faixa de renda até R$ 1.350 por mês foram assinados por mulheres.
De acordo com Inês Magalhães, o governo tem se preocupado em reforçar a rede de proteção social para as famílias que são alvo do Minha Casa, Minha Vida, e utiliza o Cadastro Único dos Programas Sociais para cruzar informações, procurando coibir distorções.
A secretária também destacou que as obras do programa vêm favorecendo a geração de empregos para a mulher na construção civil. "Elas estão cada vez mais presentes na mão de obra de acabamento e contam com cursos estimulados pela Câmara Brasileira da Construção Civil [Cbic] e outras entidades que oferecem qualificação profissional."