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Justiça do Rio decreta prisão e afasta do cargo PMs processados por juíza

postado em 07/10/2011 20:35
Rio de Janeiro - O juiz em exercício na 4; Vara Criminal de São Gonçalo, Fábio Uchôa, decretou nesta sexta-feira (7/10) a prisão preventiva dos policiais militares (PMs) Hayrton de Mattos Ferreira, Alex Ribeiro Pereira, Jefferson de Araújo Miranda, Carlos David Silva Pinto, Flávio Cabral Bastos, Charles de Azevedo Tavares e Alexandre Quintanilha dos Santos. Os sete respondem a processos de homicídio em autos de resistência - mortes de suspeitos em confronto com a polícia - na 4; Vara Criminal de São Gonçalo, onde era titular a juíza Patrícia Acioli, assassinada na noite do dia 11 de agosto, quando chegava à sua residência, em Piratininga, Niterói.

O magistrado também determinou a suspensão do exercício da função pública e a entrega das armas dos PMs Milton Marques da Silva, Alan Moreira Cardozo, Roberto Dias Toledo, Marcio Alexandre Xerem, Macdowel Leite da Fonseca e Marcelo Vieira Lima. O juiz Fábio Uchôa indeferiu, no entanto, os pedidos de suspensão do exercício da função de mais sete policiais: Ricardo Mariano da Rocha, Eduardo Augusto Fernando de Souza, Maury Bustamante Correia, Rondineli José dos Santos da Silva, Marcelo Barreto França, Jean Carlos Andrade Couto, Genilson Saraiva.

[SAIBAMAIS]Segundo ele, os réus respondem apenas a um processo relativo a autos de resistência. Já Luiz Cláudio dos Santos, Jefferson da Silva Almeida, Claudio Germano da Silva e Henry dos Santos Bueri foram suspensos de suas funções, por determinação do juiz, para evitar a prática de novos crimes.

No dia 8 de setembro, o Ministério Público Estadual requereu medida cautelar de suspensão de exercício de função de 34 PMs e reiterou o pedido de prisão de 28 deles. Na ocasião, o juiz Fábio Uchôa determinou que os advogados e defensores públicos dos acusados se manifestassem, primeiramente, sobre o pedido do Ministério Público.

Após analisar os processos e decretar a prisão de sete PMs, o juiz disse que a juíza Patrícia Acioli e o Ministério Público da Comarca de São Gonçalo iniciaram uma verdadeira ;cruzada moralizadora; na região, a fim de apurar e punir eventuais crimes de homicídios praticados por policiais militares e que vinham sendo registrados como autos de resistência.

;Tanto isso é verdade que, a partir da deflagração dessas ações, policiais do 7; Batalhão da Polícia Militar que respondiam a uma ação penal neste Juízo, igualmente proveniente de um ;auto de resistência;, teriam engendrado um plano, visando a morte da magistrada Patrícia [Acioli], a fim de impedir que continuasse seu trabalho;, disse o magistrado.

A decisão será encaminhada ao Comando-Geral da Polícia Militar, a fim de que sejam tomadas as medidas necessárias à prisão e ao afastamento dos policiais.

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