Diário de Pernambuco
postado em 15/10/2011 13:31
As suspeitas de que a empresa Na intimidade, que importou dois contêineres com lixo hospitalar dos Estados Unidos, tinha conhecimento que trazia resíduo potencialmente infectante e planejava usar o tecido em sua produção estão próximas de serem confirmadas. Na tarde de sexta-feira (14/10), as lojas da empresa têxtil, localizadas no centro de Santa Cruz do Capibaribe e na PE-90, em Toritama, foram interditadas pela Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) e pelo Ibama. No local, foram encontrados lençóis e fronhas com manchas, que as autoridades acreditam ser de sangue. A confirmação deve ser feita após a perícia do IC, que sai em até 15 dias.Na manhã de ontem, quatro técnicos da Apevisa, além de agentes do Ibama, procuraram a fábrica apontada pela Receita Federal como importadora dos resíduos hospitalares. No endereço apontado nos documentos do órgão, porém, nada foi encontrado. ;A rua que constava como local da fábrica só possui residências. É uma comunidade da periferia de Santa Cruz do Capibaribe;, contou o gerente geral da Apevisa, Jaime Brito.A empresa tem uma filial em Toritama.
[SAIBAMAIS]Os técnicos conversaram com alguns moradores da área e descobriram a existência de uma loja com o mesmo nome da fábrica. Quando chegaram ao ponto, encontraram os lençóis e fronhas manchados. Parte do material foi recolhido para servir de amostras à perícia do IC. O restante foi interditado na loja, que foi lacrada e não pode funcionar até a conclusão das investigações.
O proprietário da empresa não estava no local, mas é procurado para prestar depoimento. Apenas o advogado do dono e um funcionário estavam na loja. O empresário, que não foi identificado, estaria em Maceió. Ele deve ser autuado e, se for condenado, pode pegar de um a quatro anos de reclusão mais pagamento de multa que pode chegar a R$ 2 milhões.