Brasil

Exército e Marinha apresentam demandas à indústria da defesa

postado em 17/10/2011 17:48
O Exército e a Marinha apresentaram a representantes da indústria de defesa o perfil de equipamentos, profissionais e serviços que pretendem adquirir até meados deste século. Os oficiais das duas Forças Armadas falaram durante a abertura da Conferência Anual de Defesa que começou hoje (17).

A lista inclui mais de 20 submarinos ; seis deles, nucleares ; navios de diversos tipos e aeronaves. Só de aeronaves de interceptação e ataque serão 48, até 2047. Três tipos de navios patrulha também estão na lista. Ao todo serão 62 compras desse tipo de embarcação até 2030. Há ainda helicópteros, serviços e tecnologias das mais diversas áreas e outros equipamentos.

;Nosso plano é bastante ambicioso. Não se pode almejar a aquisição de tudo, mas priorizaremos o grupo de navios previsto no pacote do Programa de Obtenção de Meios de Superfície [ProSuper];, disse o coordenador do Programa de Reaparelhamento e diretor geral de Material da Marinha Brasileira, contra-almirate Rodolfo Henrique de Saboia.

O representante da Marinha falou sobre a Estratégia de Defesa Nacional até 2030, que pretende reorganizar as Forças Armadas e a indústria nacional de material de defesa, além de melhor compor o efetivo militar, com profissionais familiarizados a tecnologias de ponta.

;Já temos propostas comerciais da Itália, Alemanha, Espanha, Holanda, Coréia do Sul e do Reino Unido;, adiantou Saboia. ;Claro que todas as compras pretendidas têm como premissa a transferência de tecnologia;, acrescentou. ;Só com o programa de submarino temos a expectativa de gerar cerca de 50 mil empregos diretos e indiretos;.

O oficial citou também alguns objetivos pretendidos pelo Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul, destinado a monitorar e controlar o espaço aéreo e marítimo brasileiro. ;É uma oportunidade de recuperarmos e incentivarmos o crescimento da base industrial instalada, e de elevar o investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação em nosso país, por meio da ampliação do fornecimento às forças Armadas;, concluiu o militar. A exportação desse tipo de material, disse o militar, também poderá ser beneficiada.

O general de brigada Walmir Almada Schneider , da 7; subchefia do Estado Maior do Exército apontou as aquisições pretendidas pelo Exército. ;Temos de estar na fronteira dos conhecimentos relativos a quatro áreas: nanotecnologia, robótica, inteligência artificial e fusão de dados. Essa é uma realidade desafiadora vivida por todos os exércitos do mundo;.

Para Schneider, o aspecto humano é fundamental para o melhor proveito das tecnologias, principalmente do setor cibernético. ;Queremos jovens com consciência situacional, capazes de assimilar com maior facilidade as tecnologias, porque a revisão do perfil dos nossos militares é contínua;, disse ao reforçar o peso que a informação terá para o ;soldado do futuro; e para as suas condicionantes, em meio a fatores como a possibilidade de guerras cibernéticas. A Conferência Anual de Defesa termina na quarta-feira (19).

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