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Traficantes entram em colégio, no Rio, fugindo de uma operação policial

O Colégio Estadual Daltro Santos, em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro (RJ), foi palco de um cerco de policiais militares a um grupo de traficantes, ontem. Os bandidos teriam se escondido nas dependências da escola para fugir de uma operação contra o tráfico de drogas iniciada na madrugada da quinta para a sexta-feira na favela da Coreia.

Um dos invasores tentou se passar por empregado da escola. Segundo a polícia, ele rendeu um funcionário e vestiu seu uniforme, para poder circular pelas dependências do colégio, mas foi descoberto após a liberação dos estudantes. O prédio foi esvaziado para as buscas e as aulas foram suspensas. Na operação, um homem morreu e outros três foram presos ; um deles dentro da escola. Foram apreendidos dois fuzis, um AK-47 e um AR-15, munição e cerca de 790 trouxinhas de maconha.

Os alunos relataram momentos de terror vividos durante a invasão, quando foram ameaçados pelos bandidos armados, e lembraram o drama ocorrido há sete meses em Realengo, também na Zona Oeste do Rio, quando Wellington Menezes de Oliveira, 23 anos, invadiu a Escola Municipal Tasso da Silveira, matando a tiros 12 estudantes.

As aulas foram temporariamente suspensas também nos colégios estaduais Bangu e Collechio, por causa das operações policiais. Um dos presos no cerco de ontem seria um dos gerentes do tráfico na favela de Vila Aliança, que fica próxima à escola, de acordo com a Polícia Militar. As incursões de combate ao tráfico de drogas na região devem prosseguir no fim de semana.

A PM iniciou um conjunto de operações na região, que há meses é cenário de um conflito armado entre traficantes das favelas Vila Aliança, Coreia e Rebu por pontos de venda de drogas. A polícia também tenta capturar o bandido conhecido como Matemático, apontado como um dos principais chefes do tráfico na região. Na última tentativa de prender o criminoso, em maio, cinco pessoas morreram e 15 foram presas na favela da Coreia.


Estudante é morto em Manaus
Um adolescente de 17 anos foi executado com três tiros na cabeça, na noite de quinta-feira, dentro da Escola Estadual Waldemiro Peres Lustoza, em Manaus. A polícia informou que uma pessoa, ainda não identificada, pulou os muros da escola para cometer o crime. O adolescente morto é suspeito de ter cometido três assassinatos. Ele fazia uma prova e pediu licença para sair da sala com o intuito de atender a uma ligação telefônica. Enquanto falava ao celular, foi atingido pelos três tiros. A polícia trabalha com a hipótese de vingança, já que o adolescente tinha envolvimento com o tráfico de drogas. No horário do crime, assistiam às aulas 250 alunos do 6; ao 9; ano do ensino fundamental