O Brasil aumentou em 7,1% o número de matrículas nos cursos de graduação entre 2009 e 2010. Na última década, o crescimento foi de 110%, de acordo com os dados do Censo da Educação Superior de 2010, divulgados na tarde desta segunda-feira (7/11) pelo ministro da Educação Fernando Haddad. Segundo o estudo o Brasil registrou, em 2010, 6.379.299 matrículas em 29.507 cursos de graduação tanto na modalidade presencial quanto à distância.
O censo revelou também que a educação a distância (EAD) já responde por 14,6% das matrículas de graduação no ensino superior do país. Segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, o crescimento da modalidade a distância só não é maior poque o governo está dando ;um ritmo; para que a expansão não ocorra com prejuízo da qualidade. Para ele, o percentual de matrículas na EAD no Brasil pode ser considerado baixo em relação a outros países em que a modalidade responde por mais da metade das matrículas.
As matrículas continuam concentradas (74%) nas instituições privadas, mas houve um crescimento de 12% no número de alunos das escolas públicas. Entre as instituições públicas de ensino superior, as municipais respondem por 1,6% do total das matrículas, as estaduais por 9,4% e as federais por 14,7%. Haddad destacou que o número de formandos em 2010 (973 mil) é mais que o dobro do registrado em 2001. Também houve crescimento no número de ingressantes das universidades federais, de 143 mil para 302 mil no mesmo período.
Apesar de as regiões Norte e Nordeste terem registrado um aumento do número de estudantes no ensino superior entre 2001 e 2010, o Sudeste ainda é responsável por 48,7% das matrículas. O Sul fica com 16,9%, o Centro-Oeste concentra 9,1% e o Norte e o Nordeste, 6,5% e 19,3%, respectivamente. Em 2001, representavam 4,7% e 15,2% do total.
Nos cursos presenciais, 3,9 milhões de matrículas estão no bacharelado, 928 mil nas licenciaturas e 545 mil na modalidade tecnológica, de menor duração. Já na educação a distância, as matrículas de licenciatura são 426 mil, de bacharelado, 268 mil, e nos tecnológicos, 235 mil.
* Com informações da repórter Renata Mariz e da Agência Brasil