Brasil

Policiais que vendiam facilidades em carceragens das delegacias são presos

Os policiais cobravam uma taxa de R$ 10 por hora para visitas normais e íntimas na carceragem e de R$ 1.500 a R$ 3.000 mil para impedir a transferência de presos para outras unidades carcerárias

postado em 08/11/2011 17:48
Rio de Janeiro ; Um delegado do Núcleo de Controle de Presos está entre os nove policiais presos nesta terça-feira (8) em uma operação deflagrada pela Corregedoria da Polícia Civil fluminense contra a corrupção policial nas carceragens das delegacias e órgãos especializados.

Segundo a Polícia Civil, no total 11 pessoas foram. Todas integrantes de uma quadrilha que atuava na Polinter de Nova Friburgo, município da região serrana. Além das prisões, estão sendo executados 16 mandados de busca e apreensão em Teresópolis, também na região serrana, e em diversos municípios da região metropolitana do estado.

Os acusados serão indiciados pelos crimes de formação de quadrilha, usurpação de função pública e prevaricação e concussão (extorsão praticada por funcionário público no exercício da profissão).

De acordo com o promotor do Grupo de Apoio Especializado de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Décio Alonso Gomes, a operação é resultado de uma investigação iniciada há cerca de cinco meses, que resultou na descoberta de um esquema de cobrança de uma taxa de R$ 10 por hora para visitas normais e íntimas na carceragem e de R$ 1.500 a R$ 3.000 mil para impedir a transferência de presos para outras unidades carcerárias. Ainda segundo o promotor, a investigação apontou que a quadrilha era chefiada por presos que "comandavam" os policiais.

"Em uma das provas, um preso fala expressamente que a Polinter de Nova Friburgo, hoje desativada, era um verdadeiro SPA, onde a pessoa passava verdadeiras férias, não caracterizando verdadeiramente uma prisão", disse Gomes.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação