postado em 10/11/2011 16:56
A Polícia Civil do Rio de Janeiro usa o Rock in Rio como um ;estudo de caso; para aplicar no treinamento dos seus agentes para a Copa do Mundo de 2014 a experiência do festival de música que reuniu, neste ano, cerca de 100 mil pessoas por dia na Barra da Tijuca. Entre as principais ocorrências registradas está a comunicação de falso furto de objetos valiosos, como câmeras de vídeo de turistas estrangeiros, carteiras e até ingressos, para, de posse do registro de ocorrência, tentar entrar de graça.A informação foi dada por Camilo Sales D;Ornelas, coordenador dos cursos da Academia de Polícia Civil do Rio destinados a preparar os agentes cariocas para o evento, bem como para a Copa das Confederações, em 2013, e as Olimpíadas, em 2016. Ao participar de audiência pública na Subcomissão do Senado sobre a Copa no Brasil, ele disse também que há preocupação de criar uma doutrina de capacitação dos policiais para lidar com os turistas e o público em geral durante a Copa do Mundo.
;Precisamos dar ao policial uma expertise (competência, perícia) voltada para os grandes eventos, paralelamente às suas atividades rotineiras, de forma que possa atender aos visitantes que virão de todo o mundo para a Copa." Segundo D;Ornelas, o principal investimento é na capacitação do policial, por meios de cursos específicos na academia. "Podemos até investir em tecnologia, mas o principal é a capacitação, de forma que ele assimile essa doutrina, desde a ponta até o seu comandante;, acrescentou o policial, que dirige o Centro de Estudos dos Agentes Policiais da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Para D;Ornellas, no treinamento, os policiais devem receber informações sobre as diversas culturas dos turistas que virão ao Brasil para assistir aos jogos do Mundial. Como exemplo, ele citou os ingleses, ;que costumam fazer uso do álcool, mas isso não é prejudicial, e sim uma questão de cultura. Se você proibir, pode até causar um certo desconforto. É esse conhecimento que o policial precisa ter;.
Por esse motivo, D;Ornelas disse que é importante ;pensar sobre isso; com base, por exemplo, na experiência do Rock in Rio, para decidir sobre a liberação da venda de cerveja nos estádios durante a Copa, como pretende a Fifa, o que é proibido no Brasil e se tornou um dos pontos mais polêmicos do projeto de Lei Geral da Copa, que está em tramitação na Câmara dos Deputados.
D;Ornelas lembra que, no Rock in Rio, a cerveja era liberada e isso não prejudicou a segurança do evento, mas admite que, no futebol, é uma questão complicada, pois são duas torcidas e existe rivalidade. "Mas na Copa do Mundo deveríamos pensar um pouco melhor para que isso não seja um complicador e possa ser resolvido a contento até 2014. A bebida não é o único fator relacionado à segurança da torcida.;