postado em 15/11/2011 18:17
Rio de Janeiro ; Dezenas de pessoas usaram o bom-humor para protestar contra a corrupção no país, na tarde desta terça-feira (15/11), na Cinelândia, no centro do Rio. Em frente à Câmara de Vereadores, os manifestantes montaram um varal onde foram pendurados cartazes com frases de protesto. Também foi colocado, entre dois vasos sanitários, um boneco representando o personagem Pinóquio. A ;escultura; estava rodeada por um círculo formado por desentupidores de privada.O protesto chamou a atenção de quem passava pelo local, inclusive muitos turistas, que aproveitavam para fotografar a inusitada manifestação, organizada pelas redes sociais na internet. A empresária Cris Maza, uma das coordenadoras do movimento, disse que um dos objetivos é pedir a validação da Lei da Ficha Limpa, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e o fim do foro privilegiado para autoridades. ;Queremos tornar a corrupção um crime hediondo. Nos mobilizamos para dar nosso recado e não deixar o dia passar em branco;, disse Cris Maza.
O webdesigner Chester Martins explicou a razão de se instalar um varal em frente à Câmara de Vereadores. ;É para que o cidadão tenha a oportunidade de colocar seu protesto no varal e que a gente consiga se fazer ouvir e mudar as leis;, disse. Nas cordas, estavam pendurados cartazes com frases como ;Prisão para os corruptos;, ;Quero meu dinheiro na educação, chega de corrupção; e ;Corruptos, assassinos do povo;.
A atriz Beatriz Lyra reclamou da pouca presença da classe artística nos protestos. ;Os artistas precisam se empenhar muito mais. Lamento muito que nossos colegas não se toquem que, se ficarem em casa sentados, nada muda. A figura pública tem uma responsabilidade social maior.;
A comerciante Lúcia Sá foi ao protesto na companhia do filho Rudá, que sofre de problemas físicos congênitos e necessita de cadeira de rodas. Ela protestava por maior apoio na saúde e na educação para pessoas com deficiência. ;É momento de tomar consciência do que estão fazendo com o nosso dinheiro. Não só na saúde como na educação. O Estado não dá apoio nenhum para o deficiente físico, só na hora de campanha eleitoral. Nas escolas para deficientes, se as mães não se organizam, as coisas não acontecem.;