Rio de Janeiro ; O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) determinou aplicação de multa no valor de R$ 50 milhões à petrolífera Chevron pelo vazamento de petróleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos. A medida foi anunciada hoje (21) pelo presidente do Ibama, Curt Trennepohl.
O secretário de Ambiente do Rio, Carlos Minc, vai sugerir que metade do valor seja investida em parques costeiros do estado. Minc determinou que seja feita uma auditoria de padrão internacional na Chevron e na Transocean, que opera o poço, e também decidiu ingressar com uma ação civil pública em valor que pode chegar a R$ 100 milhões, por danos aos bens difusos, à biodiversidade marinha e ao ecossistema costeiro.
Também hoje, o presidente da subsidiária brasileira da petrolífera Chevron, George Buck, calculou que o vazamento total de petróleo no Campo de Frade chegue a 381,6 mil litros. O acidente ambiental foi detectado no último dia 8, quando funcionários da Petrobras avisaram à Chevron sobre uma mancha de óleo na água.
Buck reconheceu a responsabilidade da empresa pelo vazamento e garantiu que o óleo será retirado da superfície. Ele isentou de qualquer culpa, pelo acidente, os funcionários e equipamentos da empresa Transocean, responsável pela perfuração do poço. A empresa é a mesma envolvida no desastre do Golfo do México, em 2010, quando operava para a British Petroleum (BP).
Minc e Trennepohl estão reunidos e novas medidas podem ser anunciadas ainda hoje.