postado em 24/11/2011 18:08
O presidente da Chevron para África e América Latina, Ali Noshiri, disse nesta quinta-feira (24) que o vazamento de petróleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos, já foi controlado, restando uma mancha que corresponde a décima parte de um barril de petróleo (cerca de 16 litros). ;Esperamos que ela desapareça e acreditamos que a operação foi bem-sucedida;, disse, após reunião com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.
Segundo Noshiri, a prioridade da empresa, agora, é selar e abandonar o poço com segurança, o que deve ser feito até meados de dezembro. Ele também não quis fazer previsão de quando a empresa voltará a atuar na extração de petróleo no país. ;Isso depende do governo, não seria justo se eu fizesse uma previsão;. O executivo destacou que a unidade brasileira tem um dos melhores índices de segurança entre todas as operações da companhia no mundo.
Na avaliação do executivo, a complexidade geológica da região pode ter contribuído para o acidente. ;Estamos lidando com a Mãe Natureza e ela é complicada. Cada parte do reservatório é diferente, mas temos pessoal altamente qualificado trabalhando nisso. Devemos fazer uma avaliação mais detalhada para ter certeza de que não acontecerá de novo;.
Sobre a possibilidade de o governo brasileiro proibir as atividade de exploração da Chevron no país, Noshiri disse que essa é uma decisão governamental e lembrou que a empresa atua em 150 países. ;O Brasil é importante, mas se o governo decidir, vamos respeitar;. Segundo ele, a empresa irá revisar as multas que receber dos órgãos brasileiros e ;seguir os procedimentos de acordo com regulamentação brasileira;.
O ministro Lobão explicou que a empresa poderá continuar operando nos outros 11 poços que explora no Campo de Frade, mas está proibida de fazer novas perfurações, conforme determinação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). ;Até que a agência conclua as suas investigações e possa modificar os seus estudos e as suas determinações, eles continuarão impedidos de perfurar novos poços".
O ministro espera que a ANP ;seja firme, rigorosa, porém justa; na avaliação da responsabilidade da Chevron no acidente. ;O Brasil respeita os contratos, mas exige respeito às suas regras internas. Se a agência [ANP] determinou a punição temporária é porque estava no convencimento de que algo precisava ser melhor apurado;, disse o ministro.
Também participaram da reunião com o ministro o presidente da Chevron América Latina, Don Stlelling, o presidente da Chevron Brasil, George Buck, e a diretora de Desenvolvimento de Negócios da Chevron Brasil, Patricia Padol.